DA REPORTAGEM
BRAGANÇA fechou o primeiro semestre deste ano com a menor taxa de nascimento dos últimos cinco anos, passando de 1.391 em 2018 para 1.228 nos primeiros seis meses deste ano, queda de 11,8% no período, ou seja, 163 crianças a menos, segundo levantamento da Arpen-SP (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado.
Essa mudança demográfica também ocorre na região e igualmente no Brasil e em outros países.
Diversos fatores, segundo especialistas, concorreram para essa diminuição de nascimentos: sociais, econômicos e culturais, em especial por conta da mudança do papel da mulher na sociedade, sua maior inserção no mercado de trabalho e alterações comportamentais. Isso levou à baixa fecundidade.
Especialistas estimam que nos anos 1970 a média era de cinco filhos, e hoje alcança no máximo 1,2.
Não se pode ignorar que o advento do coronavirus foi um agravante no número de nascimentos, pois a pandemia trouxe medo à população, que adiou os planos de engravidar. As incertezas econômicas também colaboraram.
No período analisado a economia da cidade também foi impactada com as 163 crianças que deixaram de nascer, que não foram às creches e escolas, deixaram de fazer uso do transporte público, enfim, de uma cadeia completa.
Envelhecimento – A sociedade brasileira, e a do município igualmente, vivencia as consequências do envelhecimento da população. Hoje ainda existem mais jovens economicamente ativos do que aposentados. Mas esse quadro vai se alterar dentro de mais 10 ou 15 anos.
Bragança vai ter mais idosos dentro de seis anos, do que crianças de 0 a 14 anos. Hoje são 29.632 crianças e 25.945 idosos. Decorridos seis anos, os idosos vão ser 34.481 e as crianças 30.473. Há cidades que já vivem essa realidade.
Se por um lado o envelhecimento da população significa aumento de gastos públicos nas áreas da Saúde e Previdência Social, por outro representa novas oportunidades econômicas e uma população com melhor qualidade de vida.
Segundo dados da Arpen-SP, nasceram na cidade 1.391 pessoas em 2018, 1.343 em 2019, 1.275 em 2020, 1.269 em 2021 e 1.228 até junho deste ano, levando em conta o período de seis meses em cada um desses anos.
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