Por Jonathan Alberti
Clube da esperança
O Clube dos Compositores surgiu como uma luz no fim do túnel, um lampejo de esperança para músicos autorais de Bragança Paulista e Região, que não tem tanto espaço na cidade. A iniciativa dos músicos Rodrigo Oliveira, Robert Sinclair, Jow Moraes, Fabiano Pires e Sarah Arruda, incentiva, traz animo e revela novos artistas para Bragança e quiçá para o Brasil. Isso ficou evidente nesses dois primeiros eventos realizados. A receita de amor pela música e arte somado ao respeito pelos inexperientes e experientes músicos, tem dado certíssimo para o Clube dos Compositores, que tem tudo para se tornar lendário, como o Clube da Esquina que surgiu na década de 60 em Belo Horizonte e eternizou músicos como Milton Nascimento, Toninho Horta, Wagner Tiso, Lô Borges, Beto Guedes e Márcio Borges. Afinal, Bragança Paulista sempre produziu músicos e artistas de qualidade, mesmo com um incentivo mínimo. Agora, com um incentivo desses o cenário deve ocupar ainda mais espaço em todo o estado.
Incentivo só nos “stories”
Como citei, o que move o Clube dos Compositores é a ideologia de um grupo de amigos, que não mediu esforços para tirar uma ideia do papel e fazê-la virar realidade. Sem dinheiro, sem patrocínio e sem incentivos, o clube foi criado na “unha” e o Espaço Cultural Tião Bala montado para receber os músicos e suas belíssimas obras autorais. Claro que depois de tudo pronto, tem gente que aparece, tira foto, sorri amarelo, posta nos ”stories” e não compra nem uma água para ajudar na causa, muito menos divulga os artistas e nem o Clube. Gente que vê nos sonhos e suor dos artistas que tornaram o Clube em realidade, oportunidade para se autopromover. Porém, incentivar, ajudar financeiramente e fazer a coisa crescer, ninguém quer. Triste, mas real.
Papo D’Oro
O amigo Mario D’oro tem feito um trabalho excepcional em seu canal no YouTube, na divulgação de artistas e personagens bragantinos, em seu programa Papo D’oro. Militante em prol da cultura e educação, Mario D’Doro encabeçou diversas manifestações pró cultura na cidade e é um dos maiores incentivadores do cenário cultural bragantino. D’oro sempre abriu espaço para artistas locais, desde os iniciantes até os mais experientes., um incentivo que muitos não dão, muito menos quem tem por obrigação em dar.