O empate conquistado pelo Bragantino na noite deste sábado (11) na capital do Mato Grosso, diante do Cuiabá, teve sabor de vitória ao apito final do árbitro. E isso se deveu à atuação impecável e inspirada do goleiro Cleiton, que impediu pelo menos quatro gols do time auriverde.
A partida teve dois tempos distintos. Os primeiros 45 minutos foram muito disputados, com algumas oportunidades dos dois lados e um segundo tempo horroroso, ruim tecnicamente e sonolento.
O Bragantino começou melhor, embora as jogadas ocorressem apenas pelas laterais do campo, já que o meio-campo com Raul, Praxedes e Eric Ramires não funcionou. E aos 13’, pela esquerda, a bola é tocada a Léo Ortiz (ele mesmo, como atacante) que percebe a entrada de Eric Ramires e rola para um chute perigoso. E um pouco mais participativo, o Bragantino chegaria ao gol aos 16’, em jogada que Helinho cruza para o interior da pequena área, Ytalo não alcança mas Artur, no segundo pau, nas desperdiça, 1 x 0 Massa Bruta.
Com um meio-campo mais organizado, o Cuiabá passou a ser mais perigoso e aos 20’, Felipe Marques invade a área pela esquerda e ao invés de cruzar bate direto, para defesa importante de Cleiton junto ao poste. A chance de ampliar veio aos 33’, quando o zagueiro cuiabano Marlon pisa literalmente na bola, Ytalo aproveita e toca para Praxedes, sozinho (ele, a bola, o goleiro e o gol), chutar fraco nas mãos de Walter. Na sequência, aos 39’, em cobrança de escanteio, Cleiton defendeu um chute de André rente à trave esquerda.
Aos 45’ o goleiro bragantino fez uma defesa espetacular, merecedora de aplausos. Rafael Gava, da entrada da área, recebe de Pepê e bate no ângulo direito, mas Cleiton se estica todo e manda a bola à linha de fundo. Só que dois minutos depois, numa pixotada de Eric Ramires, o árbitro assinala pênalti. O jogador do Bragantino ao tentar cortar a bola, dá uma canelada (isso mesmo) em Felipe Marques, que a princípio o árbitro deixou passar, mas não o VAR. André, já aos 50 minutos cobra e empata.
Etapa final – Se todas essas ações no primeiro tempo tornaram a partida movimentada, na etapa final o futebol apresentado pelos dois times foi horrível. O Bragantino, mais uma vez, não conseguiu ter um meio-campo efetivo, o que dificultou a criação de jogadas ofensivas.
No entanto, teve nova chance de marcar aos 60’, e novamente Praxedes pipocou na hora de concluir. Ramon tocou para a pequena área e o jogador do Bragantino praticamente atrasou a bola para o goleiro Walter.
Aos 67’, em jogada perigosa no interior da área do Massa Bruta, Cleiton defendeu um arremate com os pés e depois segurou firme o que poderia ser o gol da vitória cuiabana.
Depois desse lance e até o apito final do árbitro, foram penosos 33 minutos (computando-se os acréscimos) de um futebol pobre, sonolento e cujo resultado final foi um alívio para o Bragantino.
O time de Maurício Barbieri volta a campo na próxima quarta-feira (15), no Nabizão, pela 12ª rodada, quando recebe o Coritiba, às 19 horas.
ATUAÇÕES
Cleiton: O nome do jogo. Com defesas espetaculares garantiu o ponto do empate. Nota 9,0.
Aderlan: Atuação apenas regular, foi melhor na etapa inicial. Depois caiu de produção. Nota 6,0.
Léo Ortiz: É o esteio da defensiva bragantina. Atuação firme na defesa e ainda arriscou algumas descidas. Nota 7,5.
Natan: Não comprometeu e procurou jogar o simples, mas encontrou dificuldades na marcação de André. Nota 6,5.
Ramon: Defensivamente é muito fraco. As principais jogadas do Cuiabá foram pelo seu setor. No apoio é um pouco melhor. Nota 5,5.
Raul: Fez um primeiro tempo até razoável, mas aos poucos seu futebol sumiu por completo. Nota 5,5.
Praxedes: Tudo já foi dito sobre esse jogador. Custou uma fortuna e não entrega absolutamente nada. Fez duas pixotadas na hora de concluir que poderiam resultar em gol. Barbieri insiste em colocá-lo como titular. Nota 5,0.
Eric Ramires: Definitivamente não vive um bom momento e o técnico é o único a não ver isso. O pênalti que cometeu foi de um amadorismo absurdo. Nota 5,5.
Artur: Um primeiro tempo ativo, levou perigo à meta auriverde e fez o gol. Na etapa final cansou. Nota 7,0.
Ytalo: Mero espectador. Figura de decoração. Não está bem, não recebe ajuda do meio-campo e assim fica difícil. Nota 5,0.
Helinho: Nos primeiros minutos de jogo ainda correu bastante. Depois, aquele repertório já conhecido: passes errados, conclusões ruins e forma com Ramon uma ala esquerda das piores que já se viu no Bragantino. Nota 5,0.
Lucas Evangelista: É outro que também não atravessa bom momento. Não consegue finalizar as jogadas. Nota 5,5.
Jadsom Silva: Entrou na vaga de Raul e não mostrou muito mais do que se viu até então. Nota 5,0.
Hyoran: No pouco tempo em que esteve em campo fez muito mais que Praxedes. Nota 6,0.
Jan Hurtado: Entrou tarde e praticamente não pegou na bola. Nota 5,0.
Sorriso: Ofensivamente não produziu nada. O mérito ficou por conta de uma bola que tinha endereço certo e evitou o segundo gol do Cuiabá. Nota 5,5.
Barbieri: A insistência com Eric Ramires e Praxedes é teimosia. Ambos não está jogando o que deles se espera e experimentar uma nova formação se impõe neste momento. Nota 6,0.
CUIABÁ 1 x 1 BRAGANTINO
Campeonato Brasileiro Série A – 11ª Rodada
Local: Arena Pantanal, Cuiabá (MT)
Data: 11 de junho de 2022 (sábado, 19 horas)
Árbitro: Paulo Roberto Alves Junior (PR) – Assistentes: Rafael Trombeta (PR) e Victor Hugo da Paixão (PR) – Vídeo: Emerson de Almeida Ferreira (MG)
Público: 4.476 pagantes – Renda: R$ 92.395,00
Cartões amarelos: Helinho, Aderlan e Jadsom Silva (Bragantino) e Rafael Gava (Cuiabá)
Gols: Artur aos 16’ (Bragantino) e André aos 45+5’ (Cuiabá)
CUIABÁ: Walter; João Lucas, Marllon, Paulão e Uendel; Camilo, Pepê (Marcão Silva), Rafael Gava (Rodriguinho) e André Luís (Jonathan Cafu); André (Elton) e Felipe Marques (Everton). Técnico: António Oliveira.
BRAGANTINO: Cleiton; Aderlan, Léo Ortiz, Natan e Ramon; Raul (Jadsom Silva), Praxedes (Hyoran) e Eric Ramires (Lucas Evangelista); Artur, Ytalo (Jan Hurtado e Helinho (Sorriso). Técnico: Maurício Barbieri.