O Bragantino saiu de campo no sábado, após empate em 1 x 1 com o São Paulo, com saldo positivo: não perdeu o jogo em que o adversário foi infinitamente superior e perdeu ao menos 4 oportunidades de marcar, e registrou o maior público do ano no Nabizão, computando-se Paulistão, Libertadores e Brasileiro, com mais de 8 mil pagantes.
Na etapa inicial o Bragantino conseguiu chegar às redes logo a 1 minuto, em jogada que começou na cobrança de escanteio e na pequena área o meia Miguel chutou, o goleiro Jandrei defendeu, a bola tocou no travessão e na sobra, usando o joelho, Alerrandro abriu o marcador.
A partir daí o que se viu foi um São Paulo mais encorpado, com pleno domínio das ações, mas um Massa Bruta obediente defensivamente, que evitou a chegada do tricolor ao empate.
Foram três tentativas até os 22 minutos, principalmente através de Calleri, e o Braga respondeu ao 26’, com Bruno Tubarão. A maior posse de bola do São Paulo não foi suficiente para furar o bloqueio defensivo, muito bem comandado pelo volante Jadsom Silva, em que pese a péssima atuação do lateral Ramon.
Etapa final – Na volta do intervalo foi o São Paulo quem quase chegou ao empate logo aos 2 minutos, através de Rodrigo Nestor. A resposta do time de Barbieri veio aos 4’ com Bruno Tubarão e aos 15’ Calleri parou nas mãos do goleiro Cleiton. Aos 16’ o gol mais feito do jogo não aconteceu. Em cruzamento da direita, Hyoran entrou livre pela área, escolheu em que canto bater e… chutou pela linha de fundo. Se vai às redes, selaria a vitória, com certeza.
O castigo veio aos 23’, em jogada pela esquerda do ataque do tricolor. O lateral Wellington cruzou, a bola atravessou toda a extensão da área e, próxima do segundo pau, encontrou Eder, que teve o trabalho facilitado pelo lateral Ramon, e de cabeça empatou.
O São Paulo passou a pressionar mais, as alterações promovidas pelo técnico Barbieri no Bragantino não surtiram efeito, e o time de Ceni perdeu três grandes chances, com direito a bola na trave e duas defesas milagrosas de Cleiton. Aos 45 minutos, depois de encher o saco do 4º árbitro durante toda a partida, o técnico Rogério Ceni foi merecidamente expulso de campo.
ATUAÇÕES
Cleiton: Duas defesas milagrosas que evitaram a derrota e ainda teve a trave como aliada. Nota 7,5.
Aderlan: Bem melhor ofensivamente do que na defesa. Jogadas perigosas do tricolor saíram pelo seu setor. Nota 6,0.
Léo Realpe: Teve muitas dificuldades para marcar Calleri, que se estivesse em jornada inspirada, teria ido às redes pelo menos em três oportunidades. Nota 5,5.
Kevin Lomônaco: Estreia promissora, sabe se posicionar, é calmo em suas ações e pode ser um excelente companheiro para Léo Ortiz. Nota 7,0.
Ramon: Partida ruim, péssima, atuação temerária até. Não conseguiu conter os avanços de Nikão e Rafinha, não conseguiu impedir o gol de empate, errou passes e ofensivamente não existiu. Nota 4,5.
Jadsom Silva: Enquanto esteve em campo foi o melhor do time. Organizou defensivamente a equipe, ajudou muito nas saídas de bola e ainda colaborou na criação das jogadas. Nota 7,5.
Weverton: Se não foi brilhante, mesmo jogando fora de sua posição, ao menos não comprometeu. Nota 6,0.
Miguel: Correu bastante, participou do primeiro gol e mais não fez porque o time praticamente se defendeu. Nota 6,5.
Bruno Tubarão: As principais ações ofensivas foram pelo seu setor. Mas cansou. Nota 6,0.
Alerrandro: Valeu pelo gol. Depois disso, sumiu em campo. Mas, gol vale muito. Nota 7,0.
Carlos Eduardo: Compôs com Ramon uma ala esquerda absolutamente nula. Erra muitos passes e não conseguiu acertar um único cruzamento. Nota 5,0.
Hyoran: Entrou para confirmar que não está na sua melhor fase. Perdeu o gol mais feito do jogo e que representaria a vitória. Nota 5,0.
Helinho: Nem deveria ter entrado. Não fez absolutamente nada. Nota 4,0.
Eric Ramires: Tentou manter o esquema defensivo e ainda buscou algumas jogadas no ataque. Nota 5,0.
Ytalo: Entrou tarde e sem chances de mudar o panorama da partida. Sem nota.
Léo Ortiz: Também não precisava estar em campo. Barbieri se equivocou ao tirar Jadsom. Até poderia ter tirado outro para Ortiz entrar. Mas não mudou nada no modo de jogar do time. Sem nota.
Barbieri: Montou bem o esquema defensivo, mas ofensivamente o time foi nulo. Se equivocou na saída de Jadsom. Nota 6.
BRAGANTINO x SÃO PAULO
Campeonato Brasileiro Série A – 3ª rodada – 1º turno
Local: Estádio Nabi Abi Chedid, Bragança Paulista (SP)
Data: 23 de abril de 2022 (sábado – 16h30)
Árbitro: Bruno Arleu de Araújo (RJ); Assistentes: Rodrigo Figueiredo Henrique Corrêa (RJ) e Carlos Henrique Alves de Lima Filho (RJ); Árbitro de vídeo: Daniel Nobre Bins (RS)
Público: 8.040 pagantes – Renda: R$ 269.955,00 (recorde em 2022)
Cartões amarelos: Aderlan, Léo Realpe, Ramon, Hyoran e Carlos Eduardo (Bragantino) e Diego Costa e Eder (São Paulo)
Cartão vermelho: Rogério Ceni (técnico do São Paulo)
Gols: Alerrandro a 1’ (Bragantino) e Éder aos 68’ (São Paulo)
BRAGANTINO: Cleiton; Aderlan, Léo Realpe, Kevin Lomônaco e Ramon; Jadsom Silva (Léo Ortiz), Weverton (Eric Ramires) e Miguel (Hyoran); Bruno Tubarão (Helinho), Alerrandro (Ytalo) e Carlos Eduardo. Técnico: Maurício Barbieri.
SÃO PAULO: Jandrei; Rafinha, Diego Costa, Arboleda e Léo (Wellington); Andres Colorado (Eder), Rodrigo Nestor (Pablo Maia), Patric (Alisson) e Igor Gomes); Nikão (Rigoni) e Calleri. Técnico: Rogério Ceni.