O mercado imobiliário de Bragança se mostrou aquecido no ano passado, em relação a 2020. É o que mostra a receita recorde obtida pela Prefeitura com o ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis). Em 2021 o crescimento foi de 35,6%, segundo dados do Portal da Transparência da Municipalidade. Na comparação entre 2019 e 2020, o aumento foi de 33,4%.
Os números revelam que em 2019, ano pré-pandemia, a arrecadação com esse imposto foi de R$ 19.272.846,26, e saltou ao final de 2020, quando entraram nos cofres da Prefeitura 25.710.211,26.
No ano passado, o arrecadado cresceu para R$ 34.873.005,36, cerca de 118% acima do que foi orçado, considerado pelo setor como resultado altamente positivo, principalmente por ser 2021 um período mais letal que 2020 em razão da pandemia.
O desenvolvimento imobiliário, somados os três períodos em análise, mostram o interesse pela cidade, justamente representado pelo ITBI, imposto pago para oficializar a negociação de compra e venda de um imóvel.
Os resultados deixam implícita a escalada considerável nas transações imobiliárias, o aumento de novos imóveis construídos e também aqueles ainda em construção.
Para analistas, a chegada da pandemia forçou o regime de trabalho, que passou a ser home office, e isso levou ao interesse maior por cidades do interior do Estado, porém próximas da Capital paulista. A ligação entre São Paulo e Bragança, através da rodovia Fernão Dias, foi outro fator positivo.
Com o desenvolvimento que a cidade experimenta desde 2017, avalia-se que ainda há estrutura de qualidade em relação às áreas da indústria, comércio, prestação de serviços, lazer e turismo, além de educação, saúde, mobilidade urbana e segurança.
O Orçamento do Município para este ano tem previsão de receita com o ITBI de R$ 23 milhões, o que certamente será ultrapassado, segundo análises de especialistas do setor imobiliário.