Cercado de bastante expectativa o Big Brother Brasil 22 estreou na TV Globo nesta segunda-feira, 17. O reality show, dirigido por Boninho, esse ano é comandado por Tadeu Schmidt. O programa vai ao ar todas as noites na TV Globo e também pode ser visto no Multishow, Globoplay e no Gshow.
A “competição” conta com 20 participantes divididos por grupos de Camarote (10 pessoas famosas) e Pipoca (10 pessoas anônimas). Mas a divisão para por aí, já que o jogo corre normalmente para todo o elenco. Entre os participantes temos cantora, atriz, apresentador, empresária, influencer, bailarina, atleta olímpico, surfista, designer de unhas, professora de biologia e estudante de medicina.
O BBB é um dos programas mais conhecidos dos telespectadores brasileiros e consiste no confinamento dos 20 participantes em uma casa cenográfica vigiados por câmeras 24 horas por dia, sem conexão com o mundo exterior. Mais uma vez o BBB oferecerá um prêmio de um milhão e meio de reais ao vencedor.
Na “casa mais vigiada do Brasil” os concorrentes estão dispostos a tudo pelo dinheiro e pela fama, envolvendo-se em tramas e armações a fim de ganhar o primeiro lugar. Segundo dizem: lá dentro vale tudo.
Em sua origem, o Big Brother (Grande Irmão) é o personagem central do romance “1984″, escrito pelo inglês George Orwell e publicado no ano de 1948. Preocupado com o totalitarismo soviético na URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas / Rússia), Orwell imagina uma sociedade dominada por um ditador, autodenominado “Grande Irmão”. Nela, os cidadãos são permanentemente vigiados por câmeras instaladas em toda a parte, a começar de suas casas.
A partir do romance surgiu a ideia de confinar pessoas em uma casa vigiada 24 horas por câmeras por todo canto, inclusive no banheiro, a fim de ganhar audiência, com isso patrocinadores, e em consequência muito dinheiro, já que o reality show tem o intervalo mais caro da publicidade nacional e já garantiu mais de R$ 600 milhões à Rede Globo nesse ano.
Se por um lado chama a atenção o entusiasmo com que os competidores do Big Brother aceitam serem observados 24 horas por dia, por outro chama a atenção o quanto o programa dá de audiência (seja nas TVs ou na internet). São milhões assistindo ao Big Besteirol Brasil.
Ressalte-se que o comportamento dos componentes do BBB e do público são expressões de imaturidade humana não refletindo o ser humano no seu melhor, uma vez que o ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus. O BBB estimula a competição, mesmo que desleal, onde vale enganar, usar e manipular a fim de conquistar o prêmio final, fazendo valer o jargão popular: “os fins justificam os meios”. Dessa forma, egocêntrica e egoisticamente pensando, o outro ser humano passa a ser visto como concorrente, rival, adversário e até inimigo que precisa ser destruído.
O Big Brother é um programa que, em grande parte, é a cara do Brasil, um país que tem se tornado imoral, quase amoral, sem princípios e valores, malandro, corrupto e violento. Um país onde os valores morais e cristãos foram jogados na lata de lixo por grande parte da população. Por isso, a exortação para os cristãos diante de tanta besteira e lixo moral (tanto do BBB quanto do país) é a da Carta de Paulo aos Romanos 12:2: “Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança das suas mentes. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, que é boa, perfeita e agradável a Ele.”
Rogério Machado é jornalista e pastor da Igreja Batista Boas Novas – Cd. Planejada II. prrogeriomachado@yahoo.com.br