Nos últimos sete anos Bragança nunca teve tantos registros de óbitos quanto no ano passado. Segundo dados da Arpen-SP (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo), houve um salto de 498 óbitos documentados na cidade, comparada ao ano de 2020, data na qual já havia ocorrido aumento, porém bem menor, de apenas 75 registros. Todas estas estatísticas podem ser encontradas no site da Arpen-SP.
A Associação possui registros que datam a partir de 2015, ano em que foram emitidas 1.673 certidões de óbito ao longo de doze meses. Em 2016, esse número chegou a 1.881, impulsionado pelo surto de H1N1. No ano seguinte, 2017, houve um recuo para 1.662 registros e em 2018 o menor número no período de sete anos, com 1.391 certidões emitidas. Em 2019, ano em que a pandemia do novo coronavírus ainda não havia chegado ao Brasil, foram 1.411 mortes, número que foi um pouco maior no primeiro ano da pandemia, 2020, que em Bragança chegou a 1.486 registros.
Computando-se os dois anos de mortes pelo coronavírus (2020 e 2021), o total de vítimas fatais na cidade foi de 592 pessoas (número até o último sábado), que representam 17,06% do total de 3.470 pessoas que faleceram nesse período.
Ainda vivendo os reflexos da pandemia no País, os Cartórios de Registro Civil brasileiros registraram um total de 1.728.963 óbitos em todo o território nacional, em comparação ao menor número de nascimentos – 2.623.899 – desde o início da série histórica do Registro Civil da Arpen-SP, em 2015.
Certidões – Gratuitas para todas famílias, foram emitidas mais de 4,1 milhões de certidões de nascimentos e óbitos em todo o território nacional. Também relacionado aos registros de óbitos, os testamentos, realizados em Cartórios de Notas nunca atingiram patamares tão altos no Brasil, superando a marca dos 32 mil atos, em clara demonstração das pessoas com a segurança e cumprimento de seus desejos pessoais e patrimoniais em caso de falecimento.
Os mais de 207 mil inventários abertos em Tabelionatos de Notas – procedimento realizado logo após a morte de uma pessoa para se apurar os bens, dívidas e direitos do falecido para se chegar a herança -, e as partilhas entre os herdeiros, alcançaram números recordes desde que o ato passou a ser feito em Cartório em 2007, tornando sua realização mais simples, rápida e barata.
Nascimentos – Em Bragança, o ano de 2017 foi o que registrou maior número de nascimentos (2.792), enquanto 2021 foi o menor, com 2.124, inferior ainda aos 2.334 de 2020, quedas justamente nos dois períodos em que a pandemia se instalou no País.