Jonathan Alberti
Segunda metade de outubro: essa é a nova data que a secretaria de Obras da Prefeitura Municipal estimou para a conclusão e entrega do prédio do Mercado da Zona Norte. Segundo a Pasta, está sendo feita a cobertura de policarbonato, o revestimento dos espelhos d’água, a construção da cabine primária, instalação de vidros no piso superior e do elevador e as revisões no sistema de hidráulica, além da pintura em alguns pontos do prédio. A GB Norte esteve na manhã desta sexta-feira (20), no local e constatou um verdadeiro “multirão” de operários empenhados nos serviços citados pela secretaria de Obras. Cenário completamente diferente do encontrado em março, quando apenas oito operários executavam a obra.
Aliás, a construção do Mercado, uma das obras mais importantes para o desenvolvimento da região Norte, acabou virando uma trama dramática, típica de novela mexicana. Cheia de adiamentos e problemas, a trama se arrasta há exato 1 ano, 5 meses e 1 dia, com 7 meses de atraso na entrega, completos nesse sábado (21), que tinha prazo inicial para 21 de janeiro. Depois do primeiro atraso, outros cronogramas foram apresentados pela empresa Shop Signs Obras e Serviços LTDA, um prevendo a conclusão para 24 de julho e outro para 24 de setembro. Agora, pelo andar da obra, a empresa fez o último ajuste no prazo e a obra finalmente deve ser entregue à população. Todos esses adiamentos e novos prazos foram os vilões mascarados da trama que envolveu o maior empreendimento público da região Norte. Segundo a empresa e a secretaria de obras, problemas como desabastecimento no mercado de alguns materiais como aço e blocos, além do extenso período chuvoso na cidade durante o ano de 2020. A GB Norte também apurou no ano passado e início desse ano que a falta de pedreiros e ajudantes colaborou para o atraso. Para se ter uma ideia, em março, apenas oito operários estavam na empreitada. Na visita de sexta-feira (20), a reportagem constatou pelo menos o dobro de operários trabalhando na infindável obra, que em quatro meses teve um significativo avanço, tendo em vista a evolução lenta, a verdadeiros passos de tartaruga obesa, constatada ao longo da obra.
Além do atraso da obra, a inflação ocasionada durante a pandemia entra na conta e causou alterações no orçamento com acréscimo de R$ 430 mil, nos R$ 4.610.095,10 previstos no orçamento inicial, fechando o custo total em R$ 5.040.095,10
A obra é uma conquista do ex-vereador e atual zelador da região Oeste, Mario B. Silva, que fez a solicitação da verba ao deputado federal Paulinho da Força, com apoio do Deputado estadual Edmir Chedid e do prefeito Jesus Chedid. O ex-vereador Mário B. Silva continua fazendo visitas regulares para fiscalizar e acompanhar a evolução da obra.
Como vai ser – Instalado em um ponto estratégico, o novo mercado contará com 26 box laterais e 2 centrais, espaço multiuso para cursos em geral e espaço gourmet, 2 restaurantes, 2 complexos de banheiros com 8 cabines femininas, 4 masculinas e 2 mictórios em cada complexo, além de 2 banheiros com acessibilidade às pessoas com necessidades especiais. O estacionamento terá 130 vagas internas para automóveis e 85 vagas externas, bem como 35 vagas para caminhões, sendo 11 externas e 5 para ônibus.O novo mercado deve proporcionar aos produtores familiares rurais de Bragança Paulista e região um local adequado, com infraestrutura e boa operabilidade para a comercialização de seus produtos.