As aulas voltam, após o recesso do primeiro semestre, na segunda-feira (2) em todas as redes de ensino. Conforme atualização do Plano SP, as salas de aula poderão atender até 100% dos alunos, desde que seja respeitado o distanciamento de 1 metro entre os mesmos. Há casos em que as salas de aula são menores e poderão ter o percentual de atendimento um pouco menor. Na rede Municipal, a secretaria de Educação informou que para o segundo semestre a adesão ao retorno presencial se manteve próximo ao primeiro semestre com cerca de 23% dos alunos matriculados, ou seja, cerca de 3.450 alunos dos 15 mil matriculados na rede, devem voltar as salas de aula.
Segundo a Pasta, para os pais e responsáveis que optaram por manter as crianças no ensino remoto, a metodologia continuará a mesma, com as atividades on-line, ou com a retirada das atividades impressas nas unidades de ensino. Resolução do CNE (Conselho Nacional de Educação), estende a permissão de atividades remotas para o ensino básico e superior, público e particular, até o fim de 2021. A adoção de carga horária a distância, no entanto, fica a critério de cada rede de ensino ou instituição.
Mesmo com a permissão do ensino remoto até o final do ano, o secretário municipal Adilson Condesso, sugere que as crianças retornem às atividades presenciais. “Sugerimos que as crianças retornem o quanto antes possível, pois temos condições de atender o alunado e profissionais da educação conforme protocolos sanitários indicados pela saúde”. Em entrevista à GB no início do mês, Condesso já havia falado sobre a preocupação com a perda de aprendizagem dos alunos e questão social, também, declarando que o sistema hibrido é um paliativo. “Nossos professores e professoras terão uma missão árdua e difícil nos próximos anos, para recuperarmos as perdas de aprendizagem, e a equipe da Secretaria de Educação estará lado a lado com nossos colegas docentes, apoiando com tecnologia, material didático e capacitações em serviço o que, aliás, não deixaram de ser realizadas mesmo com a pandemia”, declarou na época.
Ainda conforme e mesma fonte, 95% dos profissionais da educação municipal já está imunizado contra a Covid-19, e aptos a atender os alunos.
Antes da última atualização do Plano, o Governo de São Paulo já havia decretado a educação como um serviço essencial e com o novo plano de ampliação da retomada das aulas em agosto, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc-SP) quer minimizar os efeitos causados pela pandemia.
Sem o ensino presencial, os impactos na aprendizagem também são grandes. Avaliação feita pela Seduc-SP e Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) detectou uma estimativa de 11 anos para os alunos da rede estadual recuperarem a aprendizagem em Matemática.
Além disso, os impactos na saúde emocional dos estudantes podem ser potencializados. Um estudo feito pela Seduc-SP em parceria com o Instituto Ayrton Senna antes da pandemia já mostrava baixos índices na auto percepção dos alunos em aspectos emocionais que podem piorar depois de tanto tempo longe das salas de aula.
“Quanto mais tempo demorarmos a voltar, maior será o déficit de aprendizagem dos nossos estudantes. É urgente voltarmos com nossas crianças, jovens e adultos às aulas presenciais”, destacou Rossieli Soares, secretário estadual de Educação.