Dois tempos distintos que valeram a liderança. Assim pode ser analisada a vitória do Bragantino sobre o São
Paulo no domingo (4), no Estádio Cícero Pompeu de Toledo. Na etapa inicial o técnico Maurício Barbieri trocou o posicionamento de Artur, colocando-o na esquerda, o que não surtiu efeito. Ao contrário, prejudicou o setor mais produtivo da equipe, o direito, com quem Artur forma excelente dupla com o lateral Aderlan. A estreia do meia Praxedes também não foi positiva, pois não se achou em campo e demonstrou muito nervosismo, o que é aceitável. O time poderia render mais se tivesse iniciado com Eric Ramires. A ausência do zagueiro Léo Ortiz, servindo a seleção brasileira que disputa a Copa América, também foi sentinda pelo time.
A defensiva bragantina falhou feio aos 25 minutos, quando o São Paulo abriu o marcador. Em jogada ainda no campo defensivo do tricolor, Aderlan e Praxedes se enrolaram com bola que sobrou para Benítez na esquerda, ele tocou para Reinaldo que enxergou Eder mais avançado também pela esquerda. O atacante se livrou de Fabrício Bruno alçou a bola para Rigoni, livre de marcação, cabecear e abrir o marcador. Mais uma vez o miolo de zaga ficou assistindo o atacante concluir a gol.
Antes disso, aos 13’, Praxedes interceptou um lance são-paulino e tirou a bola de forma errada, servindo Luan, que de frente para a meta de Cleiton quase inaugurou o marcador. Aos 20’, Raul tocou para Claudinho que invadiu a área e cruzou na esquerda para Artur, que entrou chutando, mas a bola saiu. Aos 32’ a zaga novamente afasta, mas nos pés do adversário e desta vez Liziero acertou o chute, porém Cleiton defendeu.
Um primeiro tempo de posse de bola do Bragantino, porém com dificuldades para criar e pouca efetividade nas conclusões a gol.
Segundo tempo – O São Paulo voltou mais decidido na etapa final, e até os 10 minutos tentou ampliar o marcador, com chutes de longa distância. Alguns Cleiton defendeu e outros passaram longe do gol.
Ao retornar com Artur pelo setor direito do campo, Barbieri acertou e o jogo começou a fluir como se esperava.
O empate veio que 17’, em falta cobrada por Claudinho, que colocou na cabeça de Alerrandro, que acabara de entrar. Falha da zaga tricolor, igual à do Bragantino no primeiro tempo.
E o Massa Bruta se animou e fez o São Paulo recuar. Aos 21’, em triangulação entre Artur, Alerrandro e Claudinho, este bateu da entrada da área para grande defesa de Tiago Volpi. Aos 24’ o São Paulo respondeu com Éder, que bateu também da entrada da área para outra difícil defesa de Cleiton.
Melhor campo, o Bragantino conseguiu a virada aos 29’, com Artur, pela direita, cortando o marcador e batendo forte no ângulo direito de Volpi, que nada conseguiu fazer.
Na sequência da partida nada de mais importante aconteceu e o São Paulo, sem forças para reagir, terminou a partida ainda sem vencer no campeonato e ocupando uma posição na zona de rebaixamento. O Bragantino reassumiu a liderança, que havia perdido no sábado para o Athletico-PR.
O líder do Brasileirão volta a campo amanhã, no Nabizão, quando recebe o Cuiabá, um dos últimos colocados. Partida prevista para às 18 horas.
ATUAÇÕES
Cleiton: Outra boa atuação e importantes defesas. Mas continua errando na reposição de bola.
Aderlan: Sem Artur pela direita teve dificuldades em ajudar nas ações ofensivas, e errou no lance que contribuiu para o São Paulo abrir o marcador.
Saiu contundido.
Weverton: Entrou faltando 15 minutos para o fim de jogo e apenas compôs o setor defensivo.
Fabrício Bruno: Ao cobrir Aderlan, no primeiro gol tricolor, deixou o miolo de zaga aberto. O São Paulo se aproveitou e chegou ás redes.
Natan: Assistiu Rigoni balançar cabecear sem chances para Cleiton, pois o atacante concluiu livre de marcação. No geral, razoável.
Edimar: No mesmo diapasão das partidas anteriores. Defende quando pode e ataca quando tem fôlego.
Weverson: Substituiu a Edimar como forma de dar fôlego novo à defesa.
Raul: No primeiro tempo praticamente foi o único marcador no meio-campo. Lucas Evangelista e Praxedes pouco ajudaram. Na etapa final foi bem melhor com a arrumação do time.
Lucas Evangelista: Pouco ajudou na marcação da etapa inicial e melhorou um pouco no segundo tempo. Ainda longe de outras atuações. Acabou saindo.
Jadsom Silva: Entrou aos 34’ da etapa final para compor o setor de marcação.
Claudinho: Cobrou a falta no gol de empate e chutou uma vez com perigo. Ainda longe do craque do Brasileirão 2020.
Praxedes: Sentiu a estreia, principalmente numa equipe que faz da posse de bola um de seus trunfos. Ainda precisa de entrosamento.
Eric Ramires: Entrou no lugar de Praxedes e não comprometeu.
Ytalo: No primeiro tempo não pegou na bola, literalmente. Pouco criativo, o time não lhe deu condições de mostrar o faro de artilheiro. Foi substituído.
Alerrandro: Entrou aos 16’ do segundo tempo, fez o primeiro gol e participou de uma jogada que Claudinho não aproveitou.
Artur: Fora de sua posição, rendeu muito pouco no primeiro tempo. De volta ao setor direito, criou boas oportunidades e fez o gol da vitória.
SÃO PAULO 1 X 2 BRAGANTINO
Campeonato Brasileiro Série A – 9ª rodada
Local: Estádio Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi) (SP)
Data: 4 de julho de 2021 (domingo, 18h15)
Árbitro: Anderson Daronco (RS) – Auxiliares: Rafael da Silva Alves (RS) e Michael Stanislau (RS)
Cartões amarelos: Luan (São Paulo) e Praxedes (Bragantino)
Gols: Rigoni aos 25’ (São Paulo) e Alerrandro aos 62’ e Artur 74’ (Bragantino)
SÃO PAULO: Tiago Volpi; Bruno Alves, Miranda (Diego Costa), Léo; Daniel Alves, Liziero (Rodrigo Nestor), Luan (Pablo), Benítez, Reinaldo (Vitor Bueno); Rigoni (João Rojas) e Eder. Técnico: Juan Branda (substituto).
BRAGANTINO: Cleiton, Aderlan (Weverton), Fabrício Bruno, Natan e Edimar (Weverson); Raul, Lucas Evangelista (Jadsom Silva); Praxedes (Eric Ramires) e Claudinho; Artur e Ytalo (Alerrandro). Técnico: Maurício Barbieri.