Muito distante do futebol apresentado nas rodadas anteriores, o Bragantino derrotou o Atlético Goianiense na noite de segunda-feira (28), em Goiás, mantendo a liderança do Brasileirão após sete rodadas.
O placar magro de 1 x 0 surgiu aos 81’, através do lateral Weverton, que havia acabado de entrar em campo. E o time soube segurar o resultado até o apito final do árbitro.
No primeiro tempo as duas equipes se alternaram na tentativa de controle das ações, mas foi o rubro-negro goiano quem mais chegou perto de abrir o marcador, porém esbarrou em outra exibição de gala do goleiro Cleiton. Nos primeiros 45 minutos fez pelo menos três defesas dificílimas e inacreditáveis para os jogadores do Atlético.
A predominância na etapa inicial foi pelo jogo de meio-campo, porém com pouca criatividade e muitos lançamentos longos. O Bragantino insistiu nesse expediente, mesmo sabendo que os defensores atleticanos tinham estatura muito superior que a dos atacantes do Massa Bruta. Embora imprimisse maior velocidade quando com a bola, o dragão também se viu limitado nas criações.
Etapa final – Nada mudou nos 45 minutos finais. Muitos chutões, exagerado número de faltas, alguns lances mais agudos de ambos os lados e pouca ou nenhuma influência dos jogadores que substituíram os titulares, exceção feita a Weverton, que em lance nem tão perigoso, acabou chegando às redes em chute rasteiro que Fernando Miguel não conseguiu defender.
O resultado foi muito positivo para o time de Bragança, que segue 100% nos jogos fora de casa e abriu 4 pontos de vantagem para o segundo colocado.
Retorno ruim – A volta de Claudinho influenciou negativamente no futebol que o time vinha apresentando, por incrível que possa parecer, pois mexeu com o jeito de jogar do meio-campo. Além de realizar uma partida ruim, Claudinho acabou interferindo no desempenho de Lucas Evangelista, que fez uma de suas piores apresentações.
Com a necessidade da bola ter que passar por Claudinho, a rapidez ofensiva que se viu diante de Flamengo e Palmeiras deu lugar ao toque de bola, ineficiência na criação de jogadas, e isso impactou também os atacantes Artur e Ytalo, que na etapa final simplesmente desapareceram em campo.
Quinta-feira – O Bragantino volta a campo na quinta-feira, às 16 horas, no Nabizão, quando recebe o Ceará pela oitava rodada.
ATUAÇÕES
Cleiton: Vive sua melhor fase. Novamente foi decisivo no resultado positivo da equipe, com três grandes defesas.
Rafael Luís: Substituto do titular Aderlan, não comprometeu e em algumas oportunidades teve dificuldades na marcação.
Weverton: Entrou já no finalzinho e se consagrou com o gol da vitória, o primeiro da carreira.
Léo Ortiz: Sua convocação para a seleção foi fruto do futebol que joga. Ontem novamente foi o esteio da defensiva. E quase marca de cabeça, jogada que milagrosamente foi defendida pelo goleiro do Atlético.
Fabrício Bruno: Muito abaixo do futebol de Léo Ortiz. Falhou em alguns lances e com um time muito recuado, pouco subiu ao ataque.
Edimar: Teve trabalho, pois o Dragão concentrou suas ações pelo setor direito. Mesmo assim, arriscou algumas jogadas ofensivas.
Raul: O melhor do meio-campo, bastante combativo na marcação e ainda arriscou criar situações para os atacantes.
Lucas Evangelista: Irreconhecível. Não criou, pouco defendeu, mas exibiu sua maleta nova de ferramentas com farta distribuição de pontapés. Conseguiu sair de campo sem levar cartão.
Claudinho: Muito longe do jogador que foi até outro dia. Errou muitos passes, retardou as jogadas e atrapalhou os companheiros de ataque. A ausência em três partidas anteriores se mostraram prejudiciais.
Artur: Começou bem mas foi outro que sentiu a mudança no modo de jogar do time, que foi pouco ofensivo.
Ytalo: Na etapa final foi um mero espectador. Se pegou na bola três vezes foi muito, vítima da ausência de criação de jogadas.
Helinho: Na mesma toada dos jogos anteriores. Corre bem no primeiro tempo e cai de produção no segundo. Outro que sentiu o modo de atuar do ataque.
Cuello, Léo Realpe e Eric Ramires tiveram pouco tempo e nada poderiam ter feito.
Barbieri: Com o retorno de Claudinho alterou o modo de jogar do meio-campo e isso prejudicou a forma ofensiva como o time vinha jogando. Se tivesse tirado Claudinho no intervalo, o time poderia render mais com Eric Ramires.
ATLÉTICO-GO 0 x 1 BRAGANTINO
Campeonato Brasileiro Série A – 7ª rodada
Local: Estádio Antônio Accioly, Goiânia (GO)
Data: 28 de junho de 2021 (segunda-feira, 20 horas)
Árbitro: Ramon Abatti Abel (SC) – Assistentes: Alex dos Santos (SC) e Éder Alexandre (SC)
Cartões amarelos: Nathan Silva e André Luís (Atlético-GO) e Weverton e Edimar (Bragantino)
Gol: Weverton aos 81’ (Bragantino)
ATLÉTICO-GO: Fernando Miguel, Dudu, Nathan Silva, Éder e Igor Cariús; William Maranhão (Pablo Dyego), Marlon Freitas e Arthur Gomes (Baralhas); Janderson, Zé Roberto (Lucão) e Natanael (André Luís). Técnico: Eduardo Barroca.
BRAGANTINO: Cleiton, Rafael Luís (Weverton), Léo Ortiz, Fabrício Bruno e Edimar; Raul, Lucas Evangelista (Eric Ramires) e Claudinho; Artur, Ytalo (Léo Realpe) e Helinho (Cuello). Técnico: Maurício Barbieri.