O ÁRBITRO
A desclassificação do Bragantino na Copa do Brasil, na noite de quarta-feira, segundo alguns poucos coleguinhas da imprensa, se deveu ao árbitro. Ora, caro leitor, o Bragantino chegou à meta adversária em duas dezenas de oportunidades e perdeu pelo menos quatro chances reais de marcar. Isso tem outro nome: Incompetência! Tivesse pelo menos duas vezes transformado em gols essas chances e ninguém se lembraria de culpar o árbitro que, à rigor, não teve nenhuma influência no resultado. Puxa-saquismo tem limite.
MANTRA
O técnico Maurício Barbieri foi outro que se esqueceu de analisar, em coletiva, que sua peça ofensiva foi incompetente para construir a vitória. Se lembrou de dizer da intensidade de jogo, das chances criadas, enfim, aquela ladainha que foi transformada em mantra e que se repete a cada coletiva.
DESCLASSIFICADO
O que importa, mesmo, não é culpar o árbitro, dizer que o time foi bem, etc e tal. O que vale, na verdade, é que o time, mais uma vez, está fora da Copa do Brasil. De quatro competições que o Bragantino disputa este ano, duas já foram desperdiçadas: Paulistão e Copa do Brasil. Restaram as duas mais difíceis: Brasileirão e Copa Sul-Americana.
JOGOU NADA
O time do Fluminense não jogou absolutamente nada diante do Bragantino. Achou um gol de falta, bem batida por Nenê, cuja origem se deu através do lateral Aderlan, que foi o mais faltoso em campo durante os 90 minutos. E se o Fluminense não jogou nada, por que o Bragantino não venceu? Porque poucos tem coragem de dizer a verdade: o Massa Bruta foi incompetente, assim como foi o Palmeiras, diante do CRB.
MATA MATA
Tomando o Palmeiras e o Bragantino como exemplos, não adianta jogar bem, criar um milhão de chances reais de gol, dominar, ter intensidade, encurralar o adversário no terceiro setor do campo, ou seja, despejar essa montanha de termos ridículos, e não se classificar. Mata mata é para quem aproveita as oportunidades, não é campeonato de pontos corridos. O sistema é simples: quem mata, passa.
SEMPRE
E nunca é demais lembrar a frase que ao longo da história caracterizou o Botafogo do Rio, mas que se estende a tantos outros clubes: “Jogou como nunca, perdeu como sempre”.
AMANHÃ
De novo Bragantino e Fluminense voltam a campo amanhã à noite, agora pelo Brasileirão. O Massa Bruta conta com as voltas de Claudinho e Cleiton, que estavam na seleção olímpica, e possivelmente o volante Raul, recuperado de contusão. No Flu, também voltam o zagueiro Nino, que igualmente estava na seleção olímpica, e Cazares, que não foi chamado para a Copa América.
ATACANTES
Nem bem chegou e o atacante Gabriel Novaes já está hibernando no Departamento Médico. Antes dele, Alerrandro ficou por lá meses. Para a posição, de ofício, só Ytalo, que há três anos é titular no comando de ataque, merecidamente, é bom frisar. Como se dizia antigamente, ou há atacantes ‘canelinhas de vidro’ em profusão no elenco, ou o santo do Ytalo é fortíssimo.
DE NOVO!
Desde que foi contratado a ‘peso de ouro’ no início de 2020, tratado como ‘joia’ pelo clube vendedor, o Atlético Mineiro, o atacante Alerrandro disputou 26 partidas pelo Bragantino, de um total de 65. Bom lembrar que das 26, na maioria começou no banco de reservas. Depois de longa contusão, voltou neste início de Brasileirão e… fora de novo! Agora por conta da Covid-19. O que mais falta acontecer a esse jovem jogador? Leva para benzer, quem sabe ajuda.
QUADRINHOS
E o Bragantino contratou (ainda falta o anúncio oficial) mais um jogador para a temporada, vindo diretamente das histórias em quadrinhos. Ops, do Internacional de Porto Alegre. Trata-se de Praxedes, que nos gibis dos anos 1960 era um herói improvável, mas um dos preferidos da criançada. O jogador, segundo a diretoria do Massa Bruta, vinha sendo monitorado há tempos. Sua aquisição, se concretizada, é a mais cara da história do clube: R$ 37 milhões, ou como preferem os dirigentes, € 6 milhões. ‘Real’ no Brasil é irreal no mundo da bola.
MAIS CARO
A chegada de Praxedes tira do atacante Artur o posto de jogador mais caro do elenco. O ex-palmeirense custou R$ 25 milhões à época. A torcida agora é para que o jogador vindo do Sul dê certo, pois o primeiro a chegar, também a peso de ouro, Thonny Anderson, foi defenestrado ou pelo técnico ou pela diretoria, e foi emprestado ao Bahia.