Rememorando, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) ficou preso um tempão e acabou sendo solto pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
É fato que a libertação do petista, tão desejada e esperada por seus asseclas, parece não ter empolgado tanto, pois as manifestações tem sido pífias e vem atraindo público ínfimo, muitíssimo menor, comparativamente à era anterior à prisão.
Teria sido diferente, na hipótese de soltura rápida? Lula teria saído como um leão, rugindo alto? Teria se sagrado como vítima, injustiçado, ou preso político? Será que o tempo transcorrido – 580 dias – e o desencarceramento, por força de decisão polêmica do STF, macularam sua imagem, irreversivelmente? Será que seus admiradores estão mais discretos, ou com receio de expor seus pensamentos? São alguns questionamentos de difícil resposta, por serem conjeturas elaboradas sobre meras hipóteses.
Em suas poucas aparições públicas, o discurso do petista soou anacrônico, desarticulado, titubeante, verdadeiro arremedo dos tempos áureos, que o levaram à presidência. Hoje, o Sr. Lula tenta rugir alto, se debate, vocifera, como fazia nos “tempos de leão”.
Sem dúvida alguma, a avaliação do atual governo, nos próximos meses, será decisiva para o ressurgimento ou sepultamento do petismo.
É claro que estamos num dos piores momentos da história, face à pandemia, de modo que toda e qualquer pesquisa eleitoral, neste momento, não passa mera e instantânea radiografia. Nada é irreversível em matéria de política. Como dizia Ulisses Guimarães, “Política é como as nuvens, cada vez que você olha vê uma coisa diferente”.