Quando me sentei para escrever esse artigo Bragança contabilizava 210 mortes por Covid 19. Dessas mortes 103 foram em dez meses de 2020, enquanto que as outras 107 aconteceram nos primeiros 76 dias de 2021.
Entre os que morreram por casa do Covid 19 estão pessoas desconhecidas de mim e alguns conhecidos, colegas e amigos. São pessoas de todas as idades e de profissões diversas; avós, pais, mães e filhos. Pessoas que tiveram vida longa e outros que, aos nossos olhos, tinham muitos anos pela frente. Pessoas de vida pública e aquelas que viviam em seu pequeno círculo familiar e de amizade.
Quando converso com pessoas sobre essas mortes percebo uma mistura de sentimentos, mas o que mais chama a atenção é o sentimento de impotência contra esse vírus e o de perda pessoal.
A morte pelo coronavírus assusta e “ronda” nossa cidade. Todos os hospitais estão lotados e alguns bragantinos estão internados em outras cidades. Mas apesar de tantas internações poucos falam da possibilidade da morte.
Aliás, poucos falam sobre a morte abertamente. A maioria nem sequer cogita a possibilidade da morte visitá-lo repentinamente. Mas ela é uma realidade, e dela ninguém escapa.
Morte é “a cessação de todos os processos vitais do organismo”, e é o termo usado para determinar o fim da vida.
Quando se fala em morte, a maioria das pessoas fica emocionada. Não há quem fique indiferente. Uns choram silenciosamente, enquanto outros caem em prantos e soluços. Uns se calam, mas outros extravasam a dor com gritos, como se essa dor sentida fosse física e não apenas emocional. Uns agem, outros reagem. Enfim, diante da morte ninguém é indiferente.
A morte é uma realidade. Todos caminhamos ao encontro dela. Todos nós, criaturas ou filhos do Senhor, mais dia, menos dia, passaremos “desta para outra”. Assim, devemos nos perguntar se estamos preparados para morrer?
O apóstolo Paulo, que confiava em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador, escrevendo aos Filipenses 1:21 e 23, afirmou: “Portanto, para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro… tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor”. Ele escreveu isso porque sabia que ao “estar com Cristo” as aflições desta vida cessariam.
Mas para aqueles que ficam há o consolo e a confiança das palavras do salmista Davi e do apóstolo Pedro: “Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa, porque d’Ele vem a minha esperança. Só Ele é a minha rocha e a minha salvação, o meu alto refúgio: não serei jamais abalado. Confiai nele, ó povo, em todo o tempo; derramai diante dele o vosso coração: Deus é o nosso refúgio”, portanto, “Lancem sobre Ele [Deus] toda a vossa ansiedade [medos, tristezas e dores], porque Ele tem cuidado de vocês” – Salmos 62:5,6 e 8 e 1ª Epístola de Pedro 5:7.
O Deus Eterno, que se revelou a nós em Cristo Jesus, é a nossa única esperança em meio a essa pandemia, tristezas, dores e até mesmo a morte. Coloque sua confiança nele!