A notícia que me chamou a atenção nessa semana foi a liberdade concedida a um prisioneiro que estava encarcerado a 68 anos. O fato aconteceu nos Estados Unidos da América.
Joe Ligon foi condenado à pena perpétua quando tinha 15 anos. Ele foi preso acusado de participar de uma série de roubos e esfaqueamentos que resultaram na morte de dois idosos, na Filadélfia e, após quase 70 anos atrás grades, foi libertado de uma prisão da Pensilvânia, aos 83 anos. Ele é considerado o condenado juvenil à prisão perpétua que passou mais tempo encarcerado nos EUA. Ligon ficou encarcerado entre fevereiro de 1953 e fevereiro de 2021.
E, por falar em prisão, a população carcerária brasileira chegou a 773.151 em 2019, segundo dados do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN). Isso colocou o Brasil em terceiro lugar entre os países com maior número de pessoas presas. O Brasil só tinha menos presos que os Estados Unidos e a China.
Mais da metade dessa população era de jovens de 18 a 29 anos e 64% eram negros. Desses presos, 95% eram homens e 5% mulheres. Esses detentos estavam cumprindo suas penas em cerca de 900 estabelecimentos penais espalhados pelo Brasil e cerca de 40% eram presos provisórios.
Entre os detentos há todo tipo de pessoas. Há aqueles que criados em meio ao crime continuaram seguindo a “carreira” que lhes foi apresentada. Há também, aqueles que num momento de desespero, ou de oportunidade fortuita, cometeram algum delito. Há traficantes eventuais e os profissionais; o assassino frio e o homicida ocasional ou acidental; gente de baixo poder aquisitivo e gente das “altas rodas”, além de políticos que se envolveram com o crime. São pessoas que cometeram um ou mais atos condenáveis e que, dessa forma, são punidas com a prisão.
Até pouco tempo atrás, prisão trazia a ideia de clausura, mantendo em recinto fechado, isolado da sociedade, aquele que cometeu algum crime. Hoje, entretanto, as prisões mudaram e há até a prisão domiciliar. Algumas prisões, como a de Bragança Paulista, tentam através de convênios, recuperar os presos com atividades de cunho profissional, que permitem a redução da pena e até um ganho mensal. Isso proporciona ao detento a possibilidade de preparar-se para o retorno ao convívio social.
Seja como for, prisão é sempre prisão, já que a pessoa não tem a liberdade de ir e vir, nem a condição de pessoa livre, gozando de seus direitos civis, políticos e religiosos. Se bem que o direito religioso ainda é mantido em nossas prisões e é dessa forma que alguns, mesmo presos, sentem-se livres. É o caso daqueles que estando presos fisicamente tiveram suas almas resgatadas por Cristo Jesus. Esses são livres.
O Senhor Jesus Cristo disse certa vez “conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará… em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é prisioneiro do pecado… mas se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” – Evangelho de João 8:32 a 36. Assim, podemos entender que, independente de crimes de ordem social passíveis de punição, todo ser humano que não conheça Cristo Jesus como seu Senhor e Salvador e ande conforme sua própria vontade é prisioneiro do pecado.
O pecador, prisioneiro do pecado, precisa saber que somente aqueles que têm compromisso com Cristo, e as verdades apresentadas na Bíblia, conhecem a verdadeira liberdade, pois “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou”, e Ele mesmo disse “eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância” – Carta aos Gálatas 5:1 e Evangelho de João 10:10.
Rogério Machado é jornalista e pastor da Igreja Batista Boas Novas – Cd. Planejada 2.
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