Por meio do Serviço para Estimativa de Tarifas de Energia (Sete), a TR Soluções, empresa de tecnologia aplicada ao setor elétrico, projetou um aumento médio de 14,5% na conta de luz residencial durante este ano.
O estudo considerou informações das 53 distribuidoras do País, além de permissionárias.
Na região Sudeste, formada pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, a estimativa é de alta de 13,1%, mas enfatiza que esse percentual pode chegar a 20, dependendo de seus custos.
As companhias que fornecem energia elétrica às residências foram muito impactadas pela pandemia de Covid-19. Isso porque o isolamento social gerou uma diminuição drástica do consumo de energia pelos setores de comércio, serviço e indústria.
A sobreoferta ocorre porque, para garantir que não falte energia elétrica para ninguém, as distribuidoras compram o produto com antecedência. Elas fazem esse cálculo com base no que população normalmente consome e também projetam o quanto isso pode aumentar no futuro.
Com a queda inesperada do consumo, as distribuidoras deixaram de entregar toda a energia contratada aos consumidores e, consequentemente, de receber por isso. Mas, apesar disso, têm que pagar, para as companhias geradoras, os valores originalmente acordados. Essa perda de receita é da ordem de R$ 15,3 bilhões.