Será que a humanidade está captando as “lições” impostas pela terrível pandemia em curso?
Será que haverá evolução, em termos de fraternidade, amor, espiritualidade e igualdade?
Acredito que estamos perto do “start” de uma nova era. Muita gente vai compreender que não é preciso de muito para se viver bem e que a felicidade está nas coisas singelas, como uma reunião familiar, à mesa, seja ela farta ou parca. A felicidade é um estado de espírito!
Claro, também, que muitos não vão aprender nada. Arrogância, ganância, individualismo e egoísmo são nódoas difíceis de limpar.
Tomara que tenhamos um mundo mais fraterno e igualitário e que os humanos sejam “mais humanos”.
País religioso, predominantemente católico, de “pele morena” miscigenada, de tantas diferenças sociais e falta de oportunidades, o Brasil ainda abriga integrantes de certas células sociais que se autoclassificam superiores.
Por mais incrível que possa parecer, ainda existem as chamadas “carteiradas”, do tipo: “você sabe com quem está falando”? Mesmo quando isto não é verbalizado, a empáfia de certas pessoas, o modo de interagir socialmente, tipicamente refratário com relação aos “seres” que julgam inferiores, e até seus semblantes soberbos, são demonstrações de suposto desnível, que fazem questão de chancelar.
De fato, tenho constatado, no dia-a-dia, que o pior e mais presente tipo de preconceito é o social. É fato a presença de reminiscências de preconceito racial, contra o deficiente físico e mental, contra os homossexuais, entretanto, tais modalidades vêm perdendo força, ao longo dos últimos anos.
Numa terra de tantas diferenças, o preconceito social remanesce e salta às vistas. Pessoas vindas de classes socioeconômicas mais baixas encontram dificuldades e obstáculos, mesmo quando melhoram seu poder de compra. Nem sempre são aceitas e bem recebidas em ambientes sociais supostamente “nobres”, muitas das vezes absolutamente impermeáveis.
Há indivíduos reconhecidamente desonestos, mas ricos, que acabam sendo aceitos em vários setores da sociedade; em contrapartida, existem pessoas dignas, cultas, mas economicamente desprovidas, que não têm acesso algum e são colocadas à margem; não conseguem penetrar em outras camadas sociais.
Existem, ainda, as “pessoas invisíveis”, que não são notadas, tampouco cumprimentadas, como se não existissem.
Preconceito, arrogância e soberba geram violência e desconforto social.
A sete palmos do chão, de nada valerão as carteiras funcionais, os títulos, tampouco o dinheiro amealhado em vida, lembrando que a “Graneiro” não faz entregas em cemitérios e não existem caixões com gavetas