Iniciada a vacinação da população, objetivando sua imunização ao Covid-19, está nítido que a campanha, com vistas às Eleições 2022, já começou. Aliás, já faz tempo que foi dado seu “start”, infelizmente.
Os resultados no que tange à efetividade da imunização, a velocidade e a abrangência da vacinação influenciarão os resultados nas urnas, em 2022, certamente.
Há quem diga que isto ocorreu nos EUA, no ano passado.
Particularmente, acredito que a abrangente distribuição da vacina não vai demorar muito, aqui no Brasil. Espera-se que a produção e a importação das vacinas avancem em escalas geométricas.
Entretanto, ainda que consideradas satisfatórias as providências e efetiva a imunização da população, o balanço final da economia, conforme for chegando o final da pandemia será um diferencial, em termos avaliação de nossos governantes.
Também pesarão o resultado das apurações que já estão sendo feitas acerca dos preços praticados na aquisição de equipamentos hospitalares, máscaras, remédios e demais suprimentos utilizados na recuperação dos infectados.
Acredito que a população, de um modo geral, entende que estão sendo tomadas providências, mas também enxerga que existe um jogo político entabulado, lamentavelmente.
Evidentemente, a vacina não está sendo doada pelo alcaide “a”, nem pelo “b” ou “c”, ela é nossa, comprada com o nosso dinheiro, decorrente dos escorchantes impostos que suportamos, há décadas. Ademais, a saúde é direito de todos e dever do Estado, conforme preceitua a Constituição Federal, em seu artigo 196.
Nosso povo está cada vez mais politizado e consciente; sabe distinguir, muito bem, o agente político livre, comprometido e atuante, do mandatário de “rabo preso” e oportunista. Chega de alienação e passividade!
Importante lembrar que os políticos brasileiros estão entre os mais bem pagos do mundo! Sendo assim, não fazem nenhum favor ao povo. Se trabalharem bem, não estarão fazendo nada mais do que a obrigação, e, assim, honrando a confiança que lhes foi empenhada através do voto.
Osvaldo Zago – Advogado e Procurador Geral do Grande Oriente do Brasil