É comum nos dias atuais ouvir pessoas se queixando e reclamando sobre sua situação financeira, especialmente em meio a pandemia de Covid 19. Do governo federal, passando pelo estadual, ao municipal, do grande ao microempresário, do funcionário bem remunerado ao de salário diminuto, todos, ou pelo menos uma grande parte, tem dívidas. As expressões que mais ouvimos são: O que eu ganho não dá nem para as despesas; estou endividado; não consigo pagar minhas contas.
Você já parou para pensar no por que se entra em dívidas? Na maioria das vezes é porque se gasta mais do que se arrecada. Outra razão é que nem sempre se gasta com o essencial e necessário, e assim, o supérfluo estoura o orçamento. É claro que às vezes os gastos são prioritários, mas as entradas são pequenas. E, há ainda outras causas que levam a dívidas como doença ou desemprego. Mas, o que leva às dívidas, na maioria das vezes, é o consumismo influenciado por propagandas da mídia eletrônica.
Algumas pessoas estão sempre querendo ter mais e/ou melhor do que tem. São roupas, telefone celular, computador, carro, moto, casa e outras coisas mais. Alguns pais dão aos seus filhos tudo o que pedem: brinquedos, jogos eletrônicos, roupas e calçados caros, mesada, etc. Assim, essas pessoas correm o sério risco de estourarem o orçamento e contraírem dívidas.
O que fazer para não entrar nessa “ciranda”, para não “estourar a banca” e continuar sem dívidas podendo dormir tranquilo? É preciso que todas as nossas vontades e desejos, todo o nosso pensamento seja “prisioneiro” de Cristo, como nos ensina o• apóstolo Paulo “levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo” – Epístola aos Coríntios 10:5. Dessa forma nossas vontades estarão sujeitas a vontade de Deus. .
Será que é isso que temos feito ou estamos fazendo nossa própria vontade, ou ainda, a vontade de nossos filhos e familiares e/ou dos anunciantes da televisão e da internet? O apóstolo Paulo também nos exorta a que não devamos nada a ninguém, a não ser o amor – Epístola aos Roma-nos 13:8. Amor que leva a amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo – conforme Evangelho de Marcos 12:30 e 31. É isso que temos feito, ou só pensamos em nossas próprias vontades, nossos prazeres e desejos?
Pense nisso: “nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar;
por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos” e “Mais vale o bom nome do que as muitas riquezas” – 1ª Epístola de Paulo a Timóteo 6:7 e 8 e Provérbios 22:1. Sim, nada trouxemos a esse mundo e dele nada levaremos, mas poderemos deixar o bom nome, um legado à outras gerações.
Rogério Machado é jornalista e pastor da Igreja Batista Boas Novas – Cd. Planejada II. prrogeriomachado@yahoo.com.br