O técnico mais longevo do Clube Atlético Bragantino, Marcelo Castelo Veiga, foi mais uma vítima da Covid-19 e faleceu ontem, aos 56 anos, depois de várias semanas internado na Santa Casa local.
Depois de encerrar a carreira como jogador de futebol (lateral esquerdo que atual em grandes clubes como Santos, Internacional e Bahia), tornou-se técnico de futebol e foi no Bragantino que passou a maior parte da sua vida. Foram 15 anos como técnico do alvinegro, trajetória que teve início em 2004 e terminou no Campeonato Paulista de 2019. Em 2007 levou o time ao título do Brasileiro Série C.
Em 2018 comandou o Bragantino que conquistou o acesso ao Brasileiro B, que acabou disputado pelo Red Bull em 2019, ao assumir a direção do clube.
Vários jogadores que hoje estão em grandes equipes, passaram pelas mãos de Veiga: o zagueiro Felipe (Atlético de Madrid), Romarinho, Paulinho (ex-Corinthians e hoje no futebol chinês) são alguns deles.
Com 516 jogos à frente do alvinegro, Marcelo Veiga alcançou uma marca que poucos treinadores do Brasil podem se orgulhar de ter. Para se ter uma ideia, apenas quatro grandes clubes do Brasil têm um treinador que conseguiu atingir tal feito, casos de Santos (Lula, 961 jogos), Flamengo (Flávio Costa, 784), Palmeiras (Osvaldo Brandão, 580) e São Paulo (Vicente Feola, 524).
Quando completou 500 jogos, em entrevista à imprensa, Veiga disse: “Sei que é dificílimo chegar nessa marca, ainda mais em um clube do interior, que não está entre os grandes, onde a rotatividade de técnicos é bem maior. Em todas as minhas saídas do clube nunca considerei que era um ciclo encerrado”.
Seu último clube foi o São Bernardo, semifinalista da Série A2 deste ano.