Todas as reverências ao Rei que na sexta-feira (23) comemorou 80 anos de vida. Pelé foi lembrado nos quatro cantos do mundo. É o maior jogador de futebol de todos os tempos, mesmo que isso incomode as viúvas argentinas.
O craque, chamado Edson Arantes do Nascimento, defendeu em toda sua carreira o Santos e o New York Cosmos (EUA). Encantou o mundo, parou uma guerra para vê-lo jogar, anotou 8 gols numa só partida, foi tricampeão do mundo com a seleção brasileira, bicampeão da Libertadores e do Mundial Interclubes. Anotou mais de mil gols e foi o maior artilheiro do Brasil numa só edição, em 1958, quando anotou 58 gols no Campeonato Paulista. Foi 11 vezes artilheiro do Paulistão.
Bragantino – O Rei do Futebol disputou três partidas contra o Bragantino: uma amistosa e duas pelo Campeonato Paulista de 1966. Em todas saiu vencedor e marcou quatro gols.
O primeiro jogo foi em 1958, e Pelé assinalou o segundo gol na vitória por 4 x 1, amistoso disputado no Marcelo Stefani, num 19 de janeiro, domingo. O árbitro foi João Etzel e a renda foi um recorde para a época, Cr$ 132.000,00. Os outros gols santistas foram anotadas por Guerra, Pepe e Tite, enquanto Zeca descontou para o alvinegro.
O Santos venceu com Manga; Getúlio, Fioti, Brauner (Feijó) e Dalmo; Urubatão e Jair Rosa Pinto (Afonsinho); Dorval (Alfredinho), Pagão (Guerra), Pelé (Ciro) e Tite (Pepe), sob a batuta do técnico Lula. O Massa Bruta formou com Reis; Washington, Cassiano, Nelson e Jackson; Pelro e Tico; Baiano, Zeca, Wilson Buzzone e Alfeu, comandados pelo técnico Sebastião Soares.
Paulistão – Pelé só voltaria a cruzar o caminho do Leão no Paulista de 1966, quando o Bragantino disputou a elite pela primeira vez.
Só que no primeiro encontro, realizado na Vila Belmiro, na quarta-feira à noite de 5 de outubro de 1966, Pelé não esteve em campo. Estava contundido. A estrela da noite foi Toninho Guerreiro, que anotou cinco gols na goleada de 6 x 2. O outro foi de Carlos Alberto Torres, que também marcou contra o segundo gol do Braga. O primeiro foi de Wilsinho. O Santos venceu com Laércio; Carlos Alberto Torres, Mauro Ramos, Oberdan e Geraldino; Zito e Joel Camargo; Dorval, Coutinho, Toninho Guerreiro e Edu, sob o comando do técnico Lula. Já o treinador João Avelino mandou o Bragantino a campo com Odarci; Luizinho, Luizão, Ivan e Hamilton; Armando e Roberto Coelho; Faustino, Dema, Toninho Mineiro e Wilsinho.
No returno, em Bragança, para um Marcelão abarrotado de torcedores para ver Pelé, o Santos voltou a vencer, só que desta vez dependeu muito do seu camisa 10, que fez a diferença. O ‘Rei’ marcou três vezes no triunfo por 3 x 2, desempatando para o Peixe aos 83’. Para o alvinegro das Pedras anotaram Wilsinho e Aloísio Mulato.
Já sob o comando técnico do jogador Neivaldo, o Leão da Zona formou com Odarci; Robertão, Ivan, Valter e Luizinho; Roberto Coelho e Hélio Burini; Dema, Toninho Mineiro, Aloísio Mulato e Wilsinho. O técnico Lula escalou o Peixe com Gilmar; Carlos Alberto Torres, Mauro Ramos, Oberdan e Geraldino; Joel Camargo e Lima; Dorval, Toninho Guerreiro, Pelé e Pepe.
A exibição de gala de Pelé em Bragança está até hoje guardada na memória daqueles que tiveram o privilégio de vê-lo em campo.