Mais importante do que saber se o time jogou bem ou não, foi o resultado positivo que o Bragantino fez em casa, no domingo, ao derrotar por 2 x 0 o Sport Recife, que permitiu à equipe encostar em outras quatro, com a mesma pontuação, mesmo estando ainda na vice lanterna. Jogar bem e não ganhar não ajuda o Braga em nada.
A partida no domingo à noite mostrou um Bragantino um pouco mais entrosado, mas ainda com alguns erros que parecem crônicos. De todo modo, venceu com autoridade o time pernambucano, depois de um primeiro tempo sofrível de ambos lados. Poucas chances de gol e um jogo truncado, com pouca criatividade.
Na etapa final tudo mudou e o Bragantino adotou uma postura mais ofensiva, ao subir a marcação e sufocar o rubro-negro em seu campo. O gol saiu logo no começo, aos 4’, em chute certeiro de Ricardo Ryller, de fora da área. Foi o bastante para desestabilizar o conjunto do técnico Jair Ventura, que pouco criava e abusava das ligações diretas entre defesa e ataque.
O Massa Bruta seguiu dominando as ações, tinha maior posse de bola e criou boas oportunidades para ampliar, o que ocorreu aos 15’, em linda jogada de Claudinho, que driblou dois zagueiros antes de concluir para as redes.
A partir daí o time de Barbieri, mesmo com o controle do jogo, preferiu diminuir o ritmo, diante da fragilidade do Sport, e fazer uso dos contra-ataques, principalmente pelo setor esquerdo, com Bruno Tubarão.
As substituição em ambos os times pouco mudaram o que se via até então e ao apito final do árbitro a certeza de que a equipe, agora com mais tranquilidade, tem tudo para engatar a segunda vitória seguida, diante do Goiás, no próximo sábado, 17 horas, no Nabizão.
Diante do alviverde goiano entram em campo pendurados pelo cartão amarelo Claudinho, Bruno Tubarão, Ricardo Ryller, Aderlan e Luís Phelipe. Todo cuidado é pouco, pois a partida que fecha o primeiro turno será em Porto Alegre, diante do Grêmio.
ATUAÇÕES
Cleiton: Boas defesas e uma bobagem sem tamanho ao ir de encontro a uma bola perdida na lateral do campo. Desnecessário.
Aderlan: A melhor partida dos últimos tempos. Atacou com constância, anulou o ponta Marquinhos (que jogou no Braga em 2018) e esteve presente nas coberturas.
Léo Ortiz: Tranquilo pelo seu setor, pouco permitiu aos atacantes adversários e saiu jogando de trás como opção para a criação de jogadas.
Ligger: Boa partida, também saiu jogando em várias oportunidades e fez bem as coberturas pelo setor esquerdo.
Weverson: Se a contusão não atrapalhar, ganhou a vaga de titular. Defende melhor que Edimar e também sabe se posicionar no setor ofensivo.
Ricardo Ryller: Conseguiu finalmente o hat trick, ou seja, três partidas sem levar o cartão amarelo. Esteve bem na marcação e mostrou oportunismo ao marcar o primeiro gol.
Raul: Não aparece tanto, mas tem se mostrado útil taticamente e opção para jogadas com Claudinho.
Claudinho: O craque do time é agora também o artilheiro. De novo um golaço, jogadas de categoria e presença em vários setores do campo.
Artur: Dois lances perigosos em que poderia ter complicado a vida do Sport. No segundo tempo sumiu e acabou substituído.
Ytalo: No primeiro tempo, apesar das poucas chances, foi bem taticamente e voltou para ajudar na marcação no meio-campo. Na etapa final fez bem o papel de pivô. Cansou e foi substituído.
Bruno Tubarão: Outra boa partida, com jogadas de profundidade, boa sintonia com Claudinho e Ytalo e poderia ter ampliado o marcador, não fosse o goleiro Luan.
Os jogadores que entraram na etapa final não mudaram em nada o panorama da partida.
Barbieri: Só o fato de não inventar ajudou muito o time. Parece ter encontrado o ‘onze’ ideal para começar os jogos.
BRAGANTINO 2 x 0 SPORT
Local: Estádio Nabi Abi Chedid, Bragança Paulista (SP)
Data: 18 de outubro de 2020 (domingo, 20h30)
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG) – Assistentes: Celso Luiz da Silva (MG) e Ricardo Junio de Souza (MG)
Público e renda: Portões fechados
Cartões amarelos: Aderlan e Hurtado (Bragantino) e Marcão Silva e Iago Maidana (Sport)
Gols: Ricardo Ryller aos 49’ e Claudinho aos 60’ (Bragantino)
BRAGANTINO: Cleiton, Aderlan, Léo Ortiz, Ligger e Weverson (Edimar); Ricardo Ryller (Uillian Correia), Raul e Claudinho (Luís Phelipe); Artur (Cuello), Ytalo (Hurtado) e Bruno Tubarão. Técnico: Maurício Barbieri.
SPORT: Luan Polli; Patric, Iago Maidana, Adryelson e Luciano Juba; Marcão Silva (Ronaldo Henrique), Ricardinho (Mikael), Lucas Mugni e Thiago Neves (Jonatan Gomez); Marquinhos (Rogério) e Leandro Barcia (Júnior Tavares). Técnico: Jair Ventura.