Jogo temido pelos torcedores, por se tratar de uma das equipes credenciadas ao título, o Bragantino empatou com o Flamengo na noite de quinta-feira, 15, no Maracanã, em jornada inspirada de Claudinho.
O time apresentou o mesmo futebol de outras partidas, porém desta vez se mostrou mais eficiente na marcação, principalmente nos primeiros 15 minutos, quando subiu a linha defensiva e não permitiu articulações rápidas por parte do rubro-negro.
Percebendo o desgaste físico do time carioca, o Bragantino partia em velocidade para o ataque, e logo nos primeiros minutos Bruno Tubarão quase abre o placar, em jogada que veio da direita, percorreu toda a extensão da grande área, mas o chute acabou interceptado pelo lateral Isla. Logo depois Claudinho bateu também pela direta do campo e o goleiro Hugo colocou a escanteio.
Na volta dos vestiários o Bragantino foi cirúrgico em jogada que envolveu Bruno Tubarão, Claudinho e Ytalo, pelo lado esquerdo do ataque, que resultou num golaço de Claudinho.
E o placar poderia ter sido ampliado momentos depois, se Morato conseguisse chegar na bola cruzada por Ytalo, na marca do pênalti, de frente para o gol.
O Flamengo, mesmo cansado, acordou, se lançou ao ataque, fez entrar alguns titulares que estavam sendo poupados e pouco permitiu ao Bragantino no setor ofensivo.
O empate veio em jogada pela esquerda, com a bola viajando por toda a área e chegando até Isla, que bateu cruzado e viu o goleiro Cleiton rebater nos pés do atacante Lincoln, que mandou para as redes.
No mais, um jogo em que os dois times, por razões óbvias, não fizeram por merecer outro placar.
ATUAÇÕES
Cleiton: Novidade na escalação, fez algumas boas defesas e não conseguiu rebater forte o suficiente a bola que sobrou para Lincoln empatar para o Flamengo.
Aderlan: Alguns bons momentos, mas mostrou dificuldades na marcação, principalmente de Vitinho.
Léo Realpe: Outra novidade na equipe, atento na marcação e não comprometeu. Saiu machucado para a entrada de Léo Ortiz, que mostrou o bom futebol de sempre.
Ligger: Também uma boa partida e arriscou alguns avanços no segundo tempo.
Weverson: Algumas falhas na marcação pelo seu setor e numa delas o Flamengo construiu a jogada do gol. Mas superior aos jogos que Edimar vinha fazendo.
Ryller: Caminha com sucesso para fazer um hat-trick em relação aos cartões amarelos. Passou novamente em branco nesse quesito e ajudou na marcação.
Raul: Talvez sua melhor apresentação, tanto na cobertura pelos lados de campo quanto no auxílio a Claudinho e Ytalo.
Leandrinho: Jogou pouco tempo e saiu para dar lugar a Morato, que teve bons lampejos ofensivamente e quase anotou o segundo gol.
Claudinho: O ‘homem do jogo’. Muito criativo, com deslocamentos constantes pelos dois lados e desta vez encostou mais em Ytalo, facilitando as triangulações com auxílio de Bruno Tubarão. Um golaço de craque!
Ytalo: Parece ter reencontrado o bom futebol do Paulistão. Atento, participativo e desta vez não ficou isolado lá na frente. Um passe à perfeição para o gol de Claudinho.
Bruno Tubarão: Peça fundamental no setor ofensivo. Jogou pelos dois lados, auxiliou no meio e na ajuda ao setor defensivo e participação fundamental na jogada do gol.
Barbieri: Um ataque de lucidez ao interditar a ‘avenida Edimar’, escalando Weverson em seu lugar. Se aproveitou do cansado do Flamengo para subir a marcação sem dar campo ao adversário, mas depois do gol pecou ao recuar o time e oferecer maior espaço para o ataque do rubro-negro.
FLAMENGO 1 x 1 BRAGANTINO
Local: Estádio Mário Filho (Maracanã), Rio de Janeiro (RJ)
Data: 15 de outubro de 2020 (quinta-feira – 20 horas)
Àrbitro: Daniel Nobre Bins (RS) – Assistentes: Leílson Peng Martins (RS) e Lúcio Beiersdorf (RS)
Público e renda: Portões fechados
Cartões amarelos: William Arão (Flamengo) e Weverson (Bragantino)
Gols: Claudinho aos 46’ (Bragantino) e Lincoln aos 69’ (Flamengo)
FLAMENGO: Hugo Souza, Isla, Thuler, Léo Pereira e Renê; William Arão (Bruno Henrique), Thiago Maia e Diego; Everton Ribeiro (Gerson), Pedro (Vitinho) e Lincoln. Técnico: Domènec Torrent.
BRAGANTINO: Cleiton; Aderlan, Léo Realpe (Léo Ortiz), Ligger e Weverson; Ricardo Ryller, Raul e Claudinho (Hurtado); Leandrinho (Morato) (Cuello), Ytalo e Bruno Tubarão (Edimar). Técnico: Mauricio Barbieri.