Depois do empate em Curitiba, no meio de semana, o Bragantino volta a campo amanhã, às 11h, no Nabizão, para enfrentar o Palmeiras. Na tarde de ontem a diretoria anunciou o novo técnico Maurício Barbieri, que hoje realiza um recreativo às 10h30.
Jogadores avaliaram como positivo não só o resultado, mas a forma como a equipe se comportou na partida de Curitiba, com uma postura menos defensiva, com maior movimentação e transição ao ataque, mas reconheceram que foram desperdiçadas inúmeras oportunidades de gol.
Para enfrentar o Palmeiras, apenas os três jogadores que estão no Departamento Médico já há um bom tempo ficam de fora: Wesley, Thonny Anderson e Vitinho.
A tendência é que se mantenha o mesmo time que começou diante do Coritiba, porém podem surgir desde o início os atacantes Ytalo e Bruno Tubarão, que tiveram boa atuação. No caso de Ytalo, ele pode dar lugar a Alerrandro, que volta de contusão e vai ser avaliado neste sábado. A provável escalação: Cleiton, Aderlan, Leo Ortiz, Leo Realpe e Edimar; Ricardo Ryller, Matheus Jesus e Claudinho; Artur, Ytalo e Bruno Tubarão (Leandrinho).
Na última vez que se encontraram, pelo Paulistão, em fevereiro, o Bragantino venceu por 2 x 1 e a coincidência é que naquela oportunidade também era dirigido por um interino: Vinícius Munhoz.
Rodada – Três jogos abrem a rodada hoje: Flamengo x Fortaleza (Maracanã, 17 horas), Corinthians x Botafogo (Arena Itaquera, 19 horas) e Ceará x Santos (Castelão, 21 horas).
No domingo, além de Bragantino x Palmeiras, jogam Internacional x Bahia (Beira-Rio, 16 horas); São Paulo x Fluminense (Morumbi, 16 horas); Vasco x Athletico-PR (São Januário, 18 horas); Atlético-GO x Grêmio (Estádio Antônio Acioly, 19 horas); Sport x Goiás (Ilha do Retiro, 20h30) e Coritiba x Atlético-MG (Couto Pereira, 20h30).
Bragantino x Palmeiras: uma história de 80 anos
A história dos confrontos entre Bragantino e Palmeiras começou com um amistoso, há 80 anos, isso mesmo, oito décadas, em um amistoso no então estádio Marcelo Stefani, dia 7 de abril de 1935, um domingo ensolarado. Só que o Palmeiras se chamava Palestra Itália. E o time da capital goleou com folga, vencendo por 4 x 0.
Só voltaram a se encontrar em outro amistoso, 22 anos depois, em 1957, também num domingo, 10 de março. E nova vitória, só que do Palmeiras, e não mais Palestra, por 2 x 1.
Paulistão – Um novo intervalo se seguiu até o alvinegro das Pedras ascender à elite do futebol paulista. No primeiro turno, em 1966, dia 21 de agosto, com um Marcelão lotado, recorde de público e renda até então na cidade, o verdão venceu por 2 x 0, com a seguinte ficha técnica: Local: Estádio Marcelo Stefani, em Bragança Paulista. Árbitro: Etelvino Rodrigues. Renda: Cr$ 17.402.000 (6.475 pagantes, recorde local). Gols: Roberto aos 60’ e Servílio aos 61’. Bragantino: Odarci; Luizinho, Luizão, Valter e Hamilton; Roberto Coelho e Toninho Mineiro; Neivaldo, Araras, Aloísio Mulato e Wilsinho. Técnico: João Avelino. Palmeiras: Valdir; Djalma Santos, Djalma Dias, Valdemar Carabina e Ferrari; Dudu e Ademir da Guia; Márcio, Ademar Pantera, Servílio e Roberto. Técnico: Fleitas Solich.
No segundo turno, no Parque Antarctica, nova vitória do Palmeiras, pelo mesmo placar, 2 x 0. Nesse trecho do campeonato o Braga já ocupava a lanterna e tinha trocado o treinador João Avelino pelo jogador Neivaldo. A partida aconteceu no dia 6 de novembro, também um domingo, com a seguinte ficha técnica: Local: Estádio Palestra Itália (Parque Antarctica), Capital. Árbitro: Olten Aires de Abreu. Renda: Cr$ 24.425.000 (11.462 pagantes). Gols: Ademar Pantera aos 29’ e Ademir da Guia aos 48’. Palmeiras: Valdir; Djalma Santos, Djalma Dias, Minuca e Ferrari; Dudu e Ademir da Guia; Suingue, Ademar Pantera, Servilio e Gallardo. Técnico: Fleitas Solich. Bragantino: Odarci; Robertão, Ivan, Valter e Luisinho; Roberto Coelho e Hélio Burini; Dema, Aloisio Mulato, Toninho Mineiro e Wilsinho. Técnico: Neivaldo.
Anos 1990 – Os anos dourados do Bragantino também registraram encontros marcantes com o Verdão, especialmente em 1990, quando o Massa Bruta foi campeão paulista.
O time do então técnico Vanderlei Luxemburgo, que enfrenta o Braga amanhã, mas sentando no banco do Palmeiras, não perdeu: 0 x 0 no dia 12 maio, no Palestra Itália, e 1 x 1 no Marcelão, 26 de setembro, uma quarta-feira.
O jogo contou com 4.032 pagantes, para uma renda de Cr$ 2.336.500,00, arbitragem de Flávio de Carvalho. Toninho Cecílio, hoje também técnico, marcou para o alviverde e João Santos para o Braga, que formou com Marcelo, Gil Baiano, Júnior, Carlos Augusto e Biro-Biro; Mauro Silva, Ivair e João Santos; Tiba, Sílvio (Mário) e Franklin (Barbosa). Dirigido por Dudu, o Palmeiras jogou com Veloso, Edson (Odair), Toninho Cecílio, Eduardo e Dida; Dorival Júnior, Galeano e Betinho; Jorginho Cantinflas, Careca Bianchesi e Marcelo (Erasmo).
Retrospecto – Em 42 jogos o Palmeiras tem ampla vantagem sobre o Braga: são 24 vitórias, 9 empates e 9 vitórias do time de Bragança. O Verdão assinalou 71 gols e o Braga 34.
Nos anos 1960 e 1970, o Palmeiras tinha a maior torcida dentre os grandes clubes em Bragança. Anualmente, no restaurante do Hotel Bragança, um jantar era realizado para homenagear dirigentes e jogadores do Verdão.