Certamente você já ouviu expressões como “Quando morrer eu vou para o céu, não fiz nada de errado” ou “Esse já tá salvo, ele é uma boa pessoa” ou “eu tenho religião, acredito em Deus” ou ainda “eu creio em Jesus Cristo” e “Jesus Cristo morreu por todos nós, assim depois da morte vamos morar no céu”.
Essas expressões, cheias de disposição de estar com Deus depois da morte, não refletem os ensinos bíblicos. Sobre cristianismo, salvação e vida eterna somente a Bíblia tem a palavra final, pois ela é “inspirada por Deus e proveitosa para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” – 2ª Epistola de Paulo a Timóteo 3:16.
No Evangelho de Mateus, no texto conhecido como o Sermão do Monte, capítulo 7, versículos 21, 22 e 23, Jesus Cristo fala sobre a inutilidade de uma declaração de fé religiosa. A admoestação de Jesus abrange desde os falsos profetas até os professos cristãos, desde falsos mestres até ouvintes negligentes. Eis aqui uma palavra para todos: “Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade”.
Diante do texto podemos afirmar, sem medo de errar, que ter rótulo de cristão não salva ninguém (v. 21). Nem todos os que dizem “Senhor, Senhor” entrarão no reino dos céus. Nem todos os que professam o cristianismo, ou se dizem cristãos, serão salvos, independente de sua “religião”. Outra afirmação segura é esta: trabalho cristão não garante a salvação de ninguém (v. 22). Para salvar uma alma é preciso muito mais do que a maioria das pessoas pensa. Podemos ter sido batizados em nome de Cristo. Podemos até mesmo ser pregadores e mestres sobre outras pessoas, e fazer “muitas obras maravilhosas” em conexão com a igreja a que pertencemos; mas, será que durante todo esse tempo, temos praticado a vontade do Pai celeste? Temos verdadeiramente nos arrependido de nossos pecados? Temos realmente confiado em Cristo como nosso Senhor e Salvador?
A terceira afirmação segura é está: muitos ditos “cristãos” serão condenados (v. 23). A despeito de todos os nossos privilégios, e do nosso “cristianismo” declarado, perderemos o céu, e seremos rejeitados para todo o sempre, se continuarmos a praticar iniquidades (pecados). Ouviremos aquelas terríveis palavras: “Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vocês que praticam a iniquidade (pecado)”.
Concluindo: O dia do juízo final vai revelar coisas muito interessantes. As esperanças de muitos dos que foram considerados grandes cristãos, quando em vida, serão totalmente vãs. A corrupção de sua religião será desmascarada e haverá desonra pública perante os olhos do mundo inteiro. E então ficará provado que para ser salvo é necessário muito mais do que apenas “uma declaração de fé”. Devemos praticar o nosso cristianismo, tanto quanto confessá-lo.