Polêmica!… Quem não gosta de uma?… Seja quanto a gosto, opção e/ou decisão, parece que todos gostam de comentar ou debater sobre algo controverso… e as redes sociais estão aí para provar.
Geralmente a polêmica é colocada na pauta (ordem do dia) pela imprensa com a intenção de vender mais jornais, revistas ou fazer aumentar os índices de audiência ou acessos nos sites. Assim, escolhem um livro, um filme, um personagem ou pessoa ou ainda um caso que alimente algum tipo de celeuma e o lançam “no ar”. Logo em seguida vem as contestações, as réplicas, tréplicas, etc. e tal.
Tempos atrás a polêmica ficou por conta da descoberta do “Evangelho de Judas”. Esse Evangelho apócrifo (obra cuja autenticidade é contestada) foi descoberto na década de 1970, no Egito. Depois de circular pelas mãos de colecionadores e comerciantes de antiguidades, o manuscrito permaneceu depositado no cofre de um banco nos Estados Unidos. Em 2000 ele foi comprado por um antiquário e entregue à fundação suíça Maecenas Foundation for Ancient Art, a fim de preservá-lo e traduzi-lo. Foi apresentado pela primeira vez ao público na revista National Geographic em 6 de abril de 2006.
O “Evangelho de Judas” tem 26 páginas e mostra uma relação entre Judas e Jesus bem diferente daquela descrita nos Evangelhos Canônicos (inspirados por Deus e reconhecidos por todas as igrejas cristãs). Nos canônicos (Mateus, Marcos, Lucas e João), Judas é descrito como o traidor de Jesus. Ele traiu o mestre por 30 moedas de prata. Nos Evangelhos Canônicos Judas é apresentado como uma pessoa cujas características principais eram a ambição e a avareza. O destino dele após a crucificação de Cristo foi o suicídio por enforcamento.
Todas essas informações, entretanto, são contrariadas no Evangelho de Judas. Nele Judas é apresentado como um herói, uma vez que ele seria o único que realmente entendia Jesus. Por isso, Cristo teria confiado a ele a missão de entregá-lo para ser crucificado, e assim cumprir Sua obra de resgatar a humanidade perdida.
O mais interessante nisso tudo é perceber o quanto algumas igrejas cristãs alimentam essas controvérsias esquecendo-se de que Deus já nos deu a revelação completa de Sua vontade, e do que era necessário ser conhecido sobre Ele, em Sua Palavra, a Bíblia. Assim, é necessário que aquele que ama a Deus e a Sua Palavra, aja conforme a orientação dessa Palavra: “repele as questões insensatas e absurdas, pois sabes que só geram contendas. Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir… na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, mas também o retorno à sensatez” – 2ª Epístola de Paulo a Timóteo 2:23 a 26.
Concluindo. Polêmicas à parte, no que diz respeito as Escrituras Sagradas (Bíblia) nada mais pode ser acrescentado e nada retirado, pois essa Palavra que temos em mãos “é inspirada e útil para o ensino, a repreensão, a correção e para a educação na justiça” – 2ª Epístola de Paulo a Timóteo 3:16.