Considerada a segunda melhor data para vendas do comércio, atrás apenas do Natal, o Dia das Mães deste ano será de prejuízo para o setor. Por conta das medidas de isolamento para conter o novo coronavírus, determinado pelo decreto estadual, o presidente da Associação Comercial de Bragança, Antonio Carlos Vidiri disse a reportagem da GB que o prejuízo no comércio local vai ser grande nesse período, já que é o segundo dia do ano com a maior taxa de vendas. “Alguns segmentos ainda poderão realizar algumas vendas em função de trabalharem com delivery, e isso pode representar um alívio de caixa nessa fase”, disse Vidiri.
O fato é que a situação atinge todos os setores, mas o pequeno comércio têm sido um dos mais afetados.
De acordo com Federação Comércio do Estado de São Paulo (FecomercioSP), a queda no estado será de 31% e alguns setores serão mais impactados neste Dia das Mães com as lojas físicas fechadas, casos de lojas de móveis e decoração, eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos e lojas de vestuário e roupas.
Só na semana do Dia das Mães, a FecomercioSP analisa ter prejuízo de R$ 3,7 bilhões. Para o mês, a baixa tende a atingir R$ 19,3 bilhões, menor patamar já observado.
A estimativa da FecomercioSP considera as vendas que serão realizadas por delivery, internet e outros meios alternativos. Ainda assim, todos os setores sofrerão baixa em maio: lojas de móveis e decoração (-91%); concessionárias de veículos (-78%); autopeças e acessórios (-63%); eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento (-63%); lojas de vestuário e calçados (-62%); materiais de construção (-15%); outras atividades (-15%); supermercados (-13%); e farmácias e perfumarias (-12%).
O impacto do isolamento social no setor será ainda maior que uma queda pontual nas vendas. A epidemia deve afetar o setor também após a reabertura. Mesmo com a abertura do comércio, não deve haver uma procura muito alta dos consumidores, a volta do consumo deve ocorrer pouco a pouco. Muitos devem colocar a prioridade de cada um e muitos segmentos vão sofrer para conseguir de volta o consumidor.
Solução – A alternativa para esse momento é o comércio eletrônico. É possível adquirir desde os bens mais básicos até presentes específicos, o e-commerce oferece diversas plataformas para compra dos produtos (até mesmo redes sociais são utilizadas para fechar um negócio).
Aos empreendedores a FecomercioSP orienta que busquem alternativas para manter a liquidez e o fluxo de caixa. Para isso, pode-se fazer um levantamento de estoque, diminuir a margem de lucro e realizar promoções.
Buscar canais de vendas alternativos é fundamental. Pequenos comerciantes também podem se juntar para compartilhar mailings e mercadorias por consignação. Outra opção viável é que os vendedores atuem remotamente por meio de chats online. Por fim, ainda é possível disponibilizar vouchers com descontos atrativos para consumo posterior.
Em Bragança, há disponível na internet, em sites e redes sociais produtos e promoções de diversos segmentos para atender o consumidor bragantino. É importante salientar que fomentar o produtor e comerciante local, ajuda a manter a economia da cidade ativa.