A gravíssima vulnerabilidade da humanidade, frente a um vírus gripal, trará consequencias irreversíveis, em termos comportamentais e na reorganização da escala de valores, para muita gente.
Depois de controlada a situação, acredito que haverá otimização de hábitos de higiene, mas, em contrapartida, certo distanciamento social. É possível que as pessoas passem a evitar contatos físicos entre si, nos cumprimentos (beijos e abraços) e até apertos de mão.
O confinamento prolongado e o medo podem estar gerando o reescalonamento de valores e de objetivos. O flerte com a morte, decorrente da constatação da própria fragilidade e da eliminação de pessoas próximas, jovens, idosas, ricas e pobres, remete os mais sensíveis, inteligentes e sensatos à conclusão de que não é preciso de muito para se viver bem e que o acúmulo de bens e valores, quando exagerado, representa absurda estupidez.
O desapego do plano material é inversamente proporcional ao fortalecimento da espiritualidade, religiosidade e do amor, de um modo geral, para com nossos semelhantes e para com Deus.
A humanidade está fechada para balanço. Espero que o mundo seja mais humano, doravante, e que não nos esqueçamos de que doenças como a dengue, a fome, corrupção e a violência matam muito mais do que o Coronavírus, só que flagelam muito mais os menos favorecidos.
Tomara que “caia a ficha”!