A uma semana para o início do Carnaval, o comércio da cidade já está com os estoques abastecidos para lucrar com a data. A estimativa é que as vendas registrem crescimento de 5% com itens carnavalescos em relação a 2019. Já o tíquete médio (quantia que o consumidor pretende desembolsar) pode variar entre R$ 50 e R$ 100. A projeção é da FCDLESP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo).
Segundo os lojistas, mesmo sendo período do ano marcado pelo pagamento de contas, a exemplo do IPVA, IPTU e material escolar, o baixo valor dos itens é uma das razões que justificam o aumento das vendas e a compra feita por impulso também é um fator.
A maioria dos comerciantes coloca esses itens de forma visível, estrategicamente. Outro ponto é colocá-los próximo ao caixa, o que incentiva a comercialização dos produtos.
Além do varejo, segmentos ligados ao turismo, como hotéis, bares e restaurantes, serão beneficiados durante o período, com alta no faturamento de até 10% em relação ao ano passado, segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). O cenário de vendas e tíquete médio deve se manter entre os lojistas do Interior, Capital e Litoral do Estado.
Tributos – Na semana que antecede o Carnaval, quem vê os artigos nas vitrines não imagina o quanto do valor total corresponde a impostos. Os tributos chegam a 50% do preço, dependendo do item – quantia repassada ao governo.
Entre os produtos tradicionalmente procurados pelos foliões estão o colar havaiano, cuja parcela de tributação é de 45,96%; o spray de espuma (45,94%); a máscara de plástico (43,93%); e confete ou serpentina (43,83%).
Quanto às bebidas, os impostos são ainda mais pesados, a exemplo da caipirinha (76,6%), chope (62,2%) e cerveja (55,6%) – bastante consumidos na festividade. O levantamento foi realizado pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação). A lista também incluiu passagens aéreas, com impostos na casa dos 22,32%.