O torcedor do Massa Bruta voltou a reconhecer o time que fez uma campanha brilhante na temporada de 2019. No jogo de domingo, no Nabizão, diante do Palmeiras, o Bragantino jogou muito além do que mostrou nas três primeiras rodadas do Paulistão. A postura, desde o apito inicial do árbitro, surpreendeu o Verdão, que demorou a entender como jogavam os donos da casa.
Com marcação alta, meio-campo com mobilidade e as jogadas em profundidade, o que até então não tinham sido vistas, fez com que não só a posse de bola fosse importante, mas a criatividade fluísse para o bom desempenho do ataque.
Três boas defesas do goleiro Weverton, em chutes de Aderlan, Uillian Correia e Claudinho, evitaram a abertura do placar antes da parada técnica aos 30 minutos. Até então o meio-campo do Palmeiras não viu a cor da bola. Na volta, logo aos 33 minutos, o gol surgiu em linda jogada. Após cobrança de lateral, Ytalo fez um pivô que paralisou Felipe Melo e Gustavo Gómez, e a bola sobrou para Uillian Correia bater com categoria na saída de Weverton. Àquela altura o gol premiou a melhor equipe em campo. Os três setores se mostraram harmoniosos. Ainda antes do intervalo, Claudinho quase marca em chute que passou rente à trave.
Segundo tempo – Na volta do intervalo Luxemburgo mexeu na forma de jogar do Palmeiras e fez de cara duas substituições, com as entradas de Zé Rafael, no lugar de Gabriel Menino e Willian, para a saída de Wesley.
As trocas deram resultado e logo a um minuto Luiz Adriano obrigou Júlio César a uma grande defesa, ao chutar de primeira. Só que o pior, para o Verdão, viria logo na sequência, quando Zé Rafael, cobrindo a descida de Marcos Rocha, derrubou o lateral Edimar dentro da área, penalidade bem assinalada pelo árbitro. Ytalo converteu a cobrança, isso aos 4 minutos, e ampliou a vantagem.
De certa forma, era previsível que o Bragantino diminuisse o ritmo e recuasse, porém o fez em demasia, perdendo totalmente o poder ofensivo e passou a criar muito pouco. Isso deu espaço para as manobras do Palmeiras, que levava perigo e a criar boas chances de gols: uma com Lucas Lima, em cobrança de falta, em nova grande defesa de Júlio César, e outra com Dudu, numa oportunidade incrível, sozinho, sem marcação, ao passar da bola depois de um cruzamento da direita no segundo pau.
Um indício de reação alviverde surgiu aos 31 minutos. Edimar intercepta uma bola que iria para o goleiro Júlio César, e a oferece a William. O lateral derrubou o atacante alviverde e o árbitro, novamente com acerto, assinalou a penalidade máxia. Só errou ao não expulsar Edimar. Dudu cobrou o pênalti e diminuiu o estrago, aos 33 minutos. As mudanças feitas pelo técnico Felipe Conceição não surtiram o efeito desejado e embora pressionasse até o fim, a reação do Palmeiras não foi suficiente para evitar a derrota.
A performance do Bragantino pode ser explicada da seguinte forma: os primeiros 45 minutos dos tempos de Zago e uma etapa final como a do início do Paulistão. Valeu pelo resultado, o que pode influenciar positivamente no restante do campeonato.
Homenagem – Antes do início da partida o técnico Vanderlei Luxemburgo, comandante do Bragantino na histórica conquista do Paulistão 1990, foi homenagedo pela diretoria com a nova camisa personalizada do time e um cartão de prata. E recebeu o carinho da torcida.
Público – O reencontro com um dos grandes do futebol brasileiro no Nabizão marcou a quebra de recorde desde a partida contra a Ponte Preta, pela Série B, em julho do ano passado, quando estiveram no estádio 9.577 torcedores. Diante do Palmeiras, 9.866 presentes, porém a carga de 10.400 ingressos foi toda vendida.
Próximo jogo – O técnico Felipe Conceição terá praticamente uma semana para treinar a equipe. O Braga volta a campo somente na sexta-feira, 7, para enfrentar o Mirassol fora de casa.