Novorizontino e Bragantino fizeram um jogo na noite de quinta-feira, 30 anos depois de decidirem o título Paulista de 1990, digno de ao apito final do árbitro, o torcedor pedir de volta o valor pago pelo ingresso. 90 minutos de um futebol ruim, nada criativo, faltoso, com excessos de passes errados e um festival de bate e rebate e bumba-meu-boi.
Mais uma vez ficou provado que o time de Bragança não teve pré-temporada e que a diretoria levou 60 longos dias para ‘descobrir’ que o substituto de Zago, que pegou o boné e foi para o Japão, estava a 400 quilômetros da cidade, em Belo Horizonte.
O jogo tem muito pouco a ser comentado e o Bragantino continua com os mesmos defeitos dos jogos anteriores: sem velocidade, muitos passes errados e sem verticalidade. O que se tem visto é um irritante tic-tac, um esquema parecido com o do handebol: bola da direita para o meio, do meio para a esquerda, da esquerda para o meio e novamente para a direita. E não sai disso, não tem profundidade. Quando consegue chegar à linha de fundo, um festival de chuveirinho que consagra a defesa adversária.
Se o primeiro tempo foi ruim, o segundo foi catastrófico. Dois times andando em campo e o Bragantino sem conseguir criar uma só jogada de gol. O meio-campo não criou, Bruno Tubarão praticamente tentando tudo sozinho, Claudinho e Thonny Anderson ocupando a mesma faixa de campo, que já se viu não funcionou diante da Inter de Limeira e um Ytalo que a cada partida se consagra como o ‘poste’ do time. Não marca, não se desloca e não faz gol.
Mas nada que estivesse ruim, que não poderia ficar pior. Ytalo, finalmente, foi sacado para a entrada da segunda contratação mais cara da temporada, o atacante Alerrandro. E o constrangimento foi geral: ele está gordo, fora de forma, irreconhecível para quem o conheceu nos tempos do Galo mineiro.
O técnico Felipe Conceição vai ter que mudar muito o time se almeja a classificação para a próxima fase. Alguns ‘intocáveis’ precisam dar lugar a outros, que pelo menos corram mais. E embora o tempo seja pouco, melhor planejar essas mudanças para não passar vexame diante do Palmeiras, amanhã, no Nabizão.
Se o futebol é ruim, a sorte parece não ter abandonado o Braga. Corinthians, Guarani e Ferroviária de Araraquara tem dado uma forcinha e a classificação está embolada.