De 2019 para 2020, a receita oriunda da televisão no Campeonato Paulista subiu em R$ 21,6 milhões, o que corresponde a um crescimento de 12,9%. Além de ser o campeonato estadual que paga mais (chegando a inalcançáveis R$ 187,7 milhões), o Paulistão também tem a garantia de um crescimento proporcional acima da média, resultado do longo contrato firmado com a Rede Globo – válido por sete temporadas, até 2022.
Pelo acordo, que garante a exibição exclusiva no estado mais rico do país, em sinal aberto, além de transmissões na tevê fechada e no pay-per-view (todos os jogos), o Paulistão irá pagar R$ 26 milhões aos quatro grandes clubes. Para se ter uma ideia, o valor original no contrato, iniciado em 2016, era de R$ 17 mi para Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo. Em 5 anos o aumento nominal já vai em R$ 9 milhões (+52%).
E tem mais. Segundo a reportagem da Folha de S. Paulo, os clubes intermediários (inclusive o RB Bragantino) vão receber em média R$ 6 milhões – no acerto original, Ponte e Guarani receberiam R$ 5 mi e os demais R$ 3,3 mi. Ou seja, só a cota do Água Santa, para citar um exemplo, é quase a soma de todas as cotas do Baiano e do Pernambucano. Não por acaso a concorrência por reforços até o mês de abril, o limite para o encerramento dos Estaduais, é difícil em relação aos times paulistas.
Considerando apenas as cotas fixas de tevê, o aumento geral em um ano foi de 14%. A ressalva é necessária porque o torneio de São Paulo é um dos poucos do país a ter, também, premiação. Neste ano, é o único valor congelado – porém, já na casa de R$ 11 milhões, com 16 prêmios distintos. Uma última curiosidade sobre a receita total é o fato de que torneio será mais enxuto, caindo de 18 para 16 datas. A diferença está nas quartas e na semifinal, agora em jogos únicos.