A partida que o Bragantino realizou na tarde de sábado (14) no Nabizão, diante do Juventude, foi um triste espetáculo. A derrota por 2 x 1, até pelo que jogou, foi merecida. Um conjunto que dá um único chute a gol durante 90 minutos não pode vencer nada e nem ninguém. Por seu turno, o Juventude, que está longe de ser uma maravilha, ao menos aproveitou para marcar sua primeira vitória fora de casa, diante de um Bragantino desfigurado, que entrou em campo com 11 reservas. Alguns dos jogadores, reserva do reserva.
O jogo em si foi fraco tecnicamente e o Bragantino se aproveitou de um único erro do zagueiro Marcelo Forster, que ao sair jogando entregou a bola para Helinho, que lançou Pedrinho, que ajeitou para Helinho bater no canto esquerdo do goleiro gaúcho, aos 8 minutos.
Antes disso, porém, logo a 1’45”, Paulinho Boia quase abre o marcador ao avançar pela esquerda e, ainda de fora da área, bater no ângulo esquerdo, que Júlio César mandou a escanteio.
O leitor, acredite, depois desses dois lances, só mais um de perigo, aos 29 minutos, novamente com Paulinho Boia, que chutou rente à trave direita. E fim da etapa inicial.
O Bragantino não conseguiu criar nenhuma jogada ofensiva, pois seu meio-campo não funcionou. Ofensivamente não existiu.
Segundo tempo – Na volta do intervalo, com Fabrício Bruno no lugar de Léo Realpe, e para piorar o que já estava ruim, foi o Juventude quem mostrou mais vontade e logo aos 4 minutos Wagner quase empata em chute dentro da área. Aos 20 minutos foi a vez do estreante César Haydar (antes havia jogado 1 minuto no ano passado) escorregar ao sair jogando e perder a bola para Ricardo Bueno que bateu forte, para nova intervenção de Júlio César, que mandou a escanteio. Logo em seguida, aos 22 minutos, Paulinho Boia recebe dentro da área e chuta na saída de Júlio César, que defende com os pés. Até então apenas o Juventude jogava, dominava as ações e pouco permitia ao Bragantino.
O time de Barbieri deu o ar da graça somente aos 26 minutos, ainda assim em cabeçada de Alerrando que passou longe do gol. E dois minutos depois começou a reação do time de Caxias do Sul. Sorriso entra pela direita do ataque, cruza para o meio da zaga, o lateral Rafael Luís ao tentar interceptar a bola ‘serve’ Wagner que bate sem chances para Júlio César.
E exatos 5 minutos depois uma jogada digna de inclusão nos anais da história de pixotadas do Bragantino. Fabrício Bruno toca alto para trás, o goleiro Júlio César e o zagueiro Haydar vão de encontro à bola, um deixa para o outro, o outro deixa para o um, e enquanto eles resolvem quem fica com ela, novamente Wagner aparece e bate por cobertura para desempatar. Resultado que fazia justiça ao time ‘menos pior’ em campo.
E nada mais se viu até o apito final do árbitro.
ATUAÇÕES
Júlio César: Três grandes defesas, porém uma pixotada imperdoável para um goleiro da sua experiência no segundo gol adversário. Nota 5.
Weverton: Fraco na marcação (o Juventude concentrou a maioria das jogadas pelo seu setor) e tímido no apoio. Nota 4,5.
Leo Realpe: Pode dizer que ‘deu o sangue’ pelo time ao se chocar com um adversário e machucar a cabeça. Saiu logo após o intervalo. Nota 5.
César Haydar: Uma estreia que ele jamais vai esquecer. Quase deu de bandeja um gol para Ricardo Bueno e participou da pixotada com Júlio César e Fabrício Bruno no gol da vitória do time gaúcho. Nota 3.
Weverson: Esforçado o moço. Só esforçado. Nota 5.
Jadsom Silva: Falhou na proteção à zaga e nulo na criação de jogadas. Nota 4.
Eric Ramires: No mesmo patamar de Jadsom, nada criou ofensivamente. Nota 4.
Pedrinho: Teve o mérito de correr, se deslocar e não atrapalhar o chute de Helinho que resultou no primeiro e único gol. Nota 6.
Helinho: Desde que perdeu a titularidade, cisca muito. Ora pela direita, ora pela esquerda. Fez o gol, o que naquelas circunstâncias, foi muito. Nota 6,5.
Alerrandro: Mero espectador, no primeiro tempo não tocou mais que duas vezes na bola. Nota 4,5.
Leandrinho: Sua atuação só será lembrada pelo cartão amarelo que recebeu. É muito fraco. Nota 4.
Fabrício Bruno: Não consegue passar um jogo em branco, ou seja, sem falhar. Sua experiência passou longe no gol da vitória do Juventude. Nota 4,5.
Rafael Luís: Pode se gabar de ter dado ‘o passe’ do primeiro gol do adversário. Nota 4.
Gabriel Novaes: Voltando de contusão mostrou estar desentrosado. Sem nota.
Hurtado e Bruninho entraram, como se dizia antigamente, para ‘ganhar o bicho’. Mas o time perdeu. Sem nota.
Barbieri: O técnico tem feito uso de uma expressão muito conhecida: “uma no cravo, outra na ferradura”. Erra tanto quanto acerta. Nesta partida, perda de tempo tecer qualquer comentário. Nota 4.
BRAGANTINO 1 x 2 JUVENTUDE
Campeonato Brasileiro Série A1 (16ª rodada)
Local: Estádio Nabi Abi Chedid, Bragança Paulista (SP)
Data: 14 de agosto de 2021 (sábado, 17 horas)
Árbitro: Denis da Silva Ribeiro Serafim (AL) – Assistentes: Esdras Mariano de Lima Albuquerque e Brígida Cirilo Ferreira (AL)
Público e renda: Portões fechados
Cartões amarelos: Leandrinho, Helinho, Jadsom Silva e Hurtado (Bragantino) e Wagner, Rafael Forster, Chico e Guilherme Castilho (Juventude)
Gols: Helinho aos 8’ (Bragantino) e Wagner aos 73’ e aos 78’ (Juventude)
BRAGANTINO: Júlio César, Weverton (Rafael Luís), Leo Realpe (Fabrício Bruno), César Haydar e Weverson; Jadsom Silva, Erica Ramires e Pedrinho (Hurtado); Helinho, Alerrandro (Bruninho) e Leandrinho (Gabriel Novaes). Técnico: Maurício Barbieri.
JUVENTUDE: Marcelo Carné, Michel, Vitor Mendes, Rafael Forster e William Matheus; Matheus Jesus (Guilherme Castilho), Dawhan (Marcos Vinícios) e Wecley (Wagner); Capixaba (Chico), Ricardo Bueno e Paulinho Boia (Ricardinho). Técnico: Marquinhos Santos.