LUZES
Mesmo sem perder no Brasileirão, o Bragantino conseguiu a façanha de deixar a liderança, agora com o Palmeiras, ao empatar, às duras penas, com o Cuiabá, em casa. Jogo medíocre é pouco para avaliar o que se viu em campo na quarta-feira à noite no Nabizão. Jogadores estiveram muito abaixo do normal e pelos últimos resultados, o que se vislumbra é que está caindo de produção. Dois empates seguidos em casa é motivo para acender a luz amarela. Mais um resultado ruim, e aí será preciso se ater à luz vermelha.
BOM MOMENTO
Nas últimas apresentações o goleiro Cleiton tem sido o ‘salvador da pátria’. Sem ele, o Bragantino não teria amealhado pelo menos 5 pontos. O técnico Barbieri não tem enxergado que Raul é o único a jogar na proteção da zaga e que não conta com a ajuda dos companheiros de meio-campo. Contra o Cuiabá carregou o piano sozinho, até se machucar.
MAU MOMENTO
Por outro lado, Fabrício Bruno e Natan têm sido uma calamidade. Bola aérea é um ‘deus nos acuda’, sair jogando, é de acelerar o coração, ou seja, além de faltar Léo Ortiz, que está na seleção brasileira, é preciso reforçar esse setor. Léo Relape não disse a que veio. César Haydar só joga no time de aspirantes. À rigor, tem um ‘xerifão de área’ excelente e outros quatro ‘meia-boca’. Em compensação, tem 7 laterais e só Aderlan tem nível de time titular.
MUITA GRANA
O zagueiro Natan caminha rapidamente para cumprir as 20 partidas estipuladas pelo Flamengo para que seja adquirido em definitivo pelo Bragantino. Foram 15 até o jogo do Cuiabá. Pagar mais R$ 22 milhões por ele, francamente, é dinheiro jogado fora. Não vale nem a metade disso. Se jogar as 20 partidas o clube terá desembolsado, no total, R$ 27 milhões, pois já pagou R$ 5 milhões pelo período de empréstimo. Esse dinheiro todo, no mercado, contrataria gente muito melhor.
BIJOUTERIAS
No Brasil qualquer jogador que dê três chutes na bola, vindo da base, já é chamado de ‘joia’. Mais uma para colocar na conta dos coleguinhas que militam na imprensa esportiva. O São Paulo tem lá um caminhão de ‘joias’, assim como outros clubes, que na verdade são bijouterias. Os bons, mesmo, já foram vendidos. O Atlético Mineiro tinha uma ‘joia’ chamada Alerrandro, que conseguiu empurrar para o Bragantino por cifras ‘generosas’. Fosse craque mesmo, o Galo não teria vendido. E assim aconteceu com tantos outros, que vieram dar as caras em Bragança.
FURACÃO
O jogo de logo mais, às 17h30, pode ser um divisor de águas na campanha do Bragantino. Se perder, começa a descer a ladeira, depois de um excelente início. Não vai ser tarefa fácil sair com a vitória da Arena da Baixada, pois o rubro-negro paranaense briga no topo da tabela. E vem de uma derrota dolorida para o Santos. É bom o Barbieri colocar as barbas de molho, se as tiver.
PREPARADORES
Perguntar razões e motivos à diretoria do Bragantino é vagar no deserto. Fato é que em três meses o segundo preparador físico pede as contas e deixa a equipe. O primeiro foi Reverson Pimentel, que no dia 10 de março deste ano pegou o ‘boné’ e foi para o Grêmio. À época disseram que ele queria respirar novos ares. Para seu lugar foi contratado Guilherme Rondon que, de acordo com nota do clube, deixou o Bragantino na semana passada. A informação só foi passada nesta quarta-feira (7), porém, nesse caso, nenhuma explicação. O que estaria acontecendo nesse departamento do Massa Bruta?
ENGRENOU
O Palmeiras parece ter engrenado, e isso sem contar com os reforços que estão de volta, casos de Dudu, Borja e Pedrão. O técnico Abel Ferreira, bem mais calmo nos últimos tempos, tem acertado a mão ao escalar quem começa jogando.
DEGRINGOLOU
As bolsas de aposta do futebol brasileiro estão com suas atenções voltadas para o Flamengo. Querem saber quanto tempo mais o técnico Rogério Ceni resiste no cargo. Se tropeçar na Chapecoense amanhã, no Maracanã, é demissão na certa. Senhores, façam suas apostas.
TORCIDA
A ausência de torcedores nos estádios tem sido um amuleto para os treinadores. A presença de público certamente já teria impactado na permanência de alguns dos técnicos, pois eles sempre são os culpados, nunca os jogadores. Com a nova regra de apenas dois por equipe até o final do campeonato, vai ter muito auxiliar da base assumindo até o longínquo mês de dezembro.
LÁ COMO CÁ
Não é só por aqui que os mal feitos no futebol ocorrem. Na Europa também. Depois daquele imbróglio todo envolvendo dirigentes do Barcelona, com direito a mandados de prisão e renúncias, chegou a vez do presidente do Benfica encarar o xadrez. Foi acusado de favorecer um dos sócios do time, na compra de ações.