Válida pela antepenúltima rodada do Brasileirão, Sport e Bragantino se enfrentaram na noite de segunda-feira (15), em Recife, numa das partidas mais fracas da temporada. Tão ruim que parecia jogo-treino para testar defesa x ataque, que acabou em 0 x 0, resultado que não poderia ter sido outro.
O Sport entrou em campo com 5 jogadores no setor defensivo e isso não só segurou o ataque do Braga, como permitiu apenas 8 chutes (4 em cada tempo) ao gol de Lucas Polli. Para quem sonha com uma vaga na Libertadores, um fiasco essa atuação dos comandados de Barbieri.
O Massa Bruta, na média entre as duas etapas, teve 68% de posse de bola, mas não soube se aproveitar dessa superioridade. Time lento, pouco criativo, com uma quantidade absurda de passes errados e, para piorar, perdeu Bruno Tubarão logo aos 8’, o que contribuiu para uma piora no setor ofensivo.
Por seu turno, o Sport não conseguiu chegar nenhuma vez ao gol de Cleiton e claramente jogou para empatar, considerando que um ponto era o suficiente para se manter na elite do Brasileirão.
Primeiro e segundo tempo foram iguais. Raras chances de gol, predomínio da defensiva rubro-negro, ineficiência do Braga e mudanças tardias feitas pelo técnico Barbieri. Não que os substitutos fossem aquela maravilha, ao contrário, no jogo de ontem ficou comprovado que o Bragantino não tem banco a altura do time titular, mas ao menos poderia ao menos imprimir maior velocidade nas saídas para o ataque e demonstrar mais vontade.
As quatro ausências no time titular (Léo Ortiz, Edimar, Artur e Helinho) foram fundamentais para o baixo rendimento do time de Bragança.
O resultado final foi o retrato fiel do que fizeram (ou não fizeram) as duas equipes. Jogo fraco tecnicamente e que, para o Bragantino, complicou sua tentativa de alcançar vaga na Libertadores. Pelo menos, o resultado da pelada garantiu o Bragantino na Copa Sulamericana de 2021. O Massa Bruta volta a disputar um torneio intercontinental após 25 anos.
Típico jogo que se tivesse havido cobrança de ingresso, o torcedor poderia exigir o dinheiro de volta.
Penúltima – O Bragantino volta a campo no domingo, 20h30, no estádio da Serrinha, para enfrentar o Goiás, que luta contra o rebaixamento. É a penúltima rodada do campeonato.
ATUAÇÕES
Cleiton: Nenhum trabalho durante os 90 minutos. Chamou a atenção quando teve que sair jogando com os pés em três ocasiões (não sabe e nem treina), e o fez de forma bisonha.
Aderlan: Teve que atuar como lateral e ponta, já que no setor o time ficou capenga com a saída de Tubarão.
Fabrício Bruno: Sem trabalho, fez o arroz com feijão e ainda arriscou algumas subidas para ajudar ofensivamente.
Ligger: Também sem função defensivamente, diante de um adversário que só se defendeu.
Luan Cândido: Procurou ser ofensivo e tentar jogadas em profundidade. Mas sozinho, impossível.
Raul: Começou meio perdido mas aos pouco dominou o setor, mas falhou na criação de jogadas.
Eric Ramírez: Figura decorativa e sem nenhuma utilidade tática que desenvolvesse as jogadas de ataque. Foi substituído por Lucas Evangelista, que mostrou estar desentrosado e ainda sem o pique necessário.
Claudinho: Nas últimas três rodadas, quanto maior a mídia, menor o seu futebol. Não fez absolutamente nada durante os 90 minutos. Quem mais errou passes, lento, numa aparente falta de inspiração.
Bruno Tubarão: Jogou apenas 8 minutos e lamentavelmente saiu contundido. Em seu lugar entrou Morato, uma caricatura de jogador. Errou todos os passes e, como substituto, conseguiu ser substituído, tamanha a ruindade. Chrigor entrou em seu lugar mas o jogo já se encaminhava para o final.
Ytalo: O único que procurou jogar. Voltou para buscar a bola no meio-campo, caiu pelos lados, esteve presente em pelo menos duas tentativas de finalizar. Sozinho, não poderia ir além do que foi. Deu lugar a Hurtado, que entrou tarde demais.
Cuello: Figura apagadíssima. Começou na direita, foi para a esquerda, depois tentou jogar pelo meio e não conseguiu render em nenhum lugar. Foi tardiamente substituído por Leandrinho, que nos poucos minutos em campo pelo menos demonstrou maior disposição.
Barbieri: Foi de uma passividade absurda. Viu que o time não rendia, viu que o Sport não atacava e ainda assim manteve uma zaga sem função, um meio-campo preguiçoso e um ataque de extrema inoperância. Uma noite protocolar do técnico. A segunda mexida no time ocorreu tardiamente.
SPORT 0 x 0 BRAGANTINO
Local: Estádio Ilha do Retiro, Recife (PE)
Data: 15 de fevereiro de 2021 segunda-feira, 20h)
Árbitro: Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS) – Auxiliares: Jorge Eduardo Bernardi e José Eduardo Calza (RS)
Público e renda: portões fechados
Cartões amarelos: Iago Maidana e Marcão Silva (Sport)
SPORT: Lucas Polli, Ewerton (Raul Prata), Iago Maidana, Adryelson, Rafael Thyere e Júnior Tavares; Marcão Silva, Betinho (Márcio Araújo) e Thiago Neves (Ricardinho); Dalberto (Mikael) e Hernane Brocador (Luciano Juba). Técnico: Jair Ventura.
BRAGANTINO: Cleiton, Aderlan, Fabrício Bruno, Ligger e Luan Cândido; Raul, Eric Ramírez (Lucas Evangelista) e Claudinho; Bruno Tubarão (Morato) (Chrigor), Ytalo (Hurtado) e Cuello (Leandrinho). Técnico: Maurício Barbieri.