A vitória do Bragantino sobre o Corinthians na noite desta segunda-feira (25) na Arena de Itaquera, dia do aniversário da cidade de São Paulo, de certa forma foi um pouco diferente das anteriores. Se até então dois ou três jogadores eram destaque, desta vez todo o coletivo se sobressaiu.
O Massa Bruta, logo a 1 minuto, mostrou seu cartão de visita, ao abrir o marcador em jogada que começou com Aderlan, que cortou um passe da zaga do Corinthians, tocou para Ytalo, quer serviu Claudinho que tocou para Helinho chutar sem chance de defesa para Cássio.
O time de Barbieri, como de costume, fez marcação alta, dificultou a saída de jogo dos laterais do Corinthians e isso fez com que os erros fosse aproveitados pela peça ofensiva do Braga.
Aos 7’, quase o Corinthians empata em chute de Mateus Vital, que desviou na zaga e fez com que Cleiton, já dentro do gol, defendesse, sem a bola ultrapassar a linha. Aos 20’ Ricardo Ryller intercepta mais uma bola da defensiva corintiana, passa para Artur que, em jogada característica, chuta com perigo, mas a bola vai pela linha de fundo.
Senhor das ações, o Bragantino criou algumas outras oportunidades e chegou ao segundo gol em mais uma jogada coletiva: Aderlan tocou para Ytalo que, como bom garçom, viu Claudinho livre já dentro da área e fez o passe. O artilheiro só teve a calma necessária para desviar de Cássio com um toquinho.
Etapa final – Com duas modificações, o Corinthians voltou a campo no segundo tempo disposto a mudar o panorama da partida. Mas não conseguiu. O Bragantino seguiu soberano, com domínio da posse de bola e ataques se alternaram. Em duas tentativas, o Corinthians parou nas mãos de Cleiton, que fez difíceis defesas.
Aos 29’ quase o 3º gol. Em cobrança de escanteio a bola sobra para Ligger, na pequena área, que cabeceia firme, mas Cássio salva o Timão. Aos 39’, Hurtado recebe com a defesa corintiana desarrumada e poderia ter servido Artur, livre de marcação, mas optou por chutar a gol, e o fez de forma bisonha. Aos 43’, o Corinthians poderia ter diminuído o marcador, quando Cuello foi recuar para Cleiton, de peito, e serviu Fábio Santos, que só não foi às redes porque Léo Ortiz foi brilhante na cobertura.
Resultado merecido, vitória do conjunto do Bragantino e equilíbrio entre todas as suas linhas.
O time volta a campo no domingo, 18h15, no Beira-Rio, para enfrentar o líder Internacional.
ATUAÇÕES
Cleiton: Duas grandes defesas que impediram gols. Mas em alguns momentos revela instabilidade e não passa segurança.
Aderlan: A sua melhor partida no campeonato. Defendeu e atacou com a mesma intensidade e participou das jogadas dos dois gols.
Léo Ortiz: O talento de sempre, joga com calma, errou algumas tentativas de fazer a ligação direta entre defesa e ataque mas nas coberturas foi excepcional.
Ligger: No mesmo nível de Ortiz, quase marca o terceiro na etapa final e teve mais trabalho em seu setor, nas coberturas de Edimar.
Edimar: Como sempre, bem no apoio mas, desta vez, teve dificuldades em marcar Gustavo Mosquito.
Raul: Eficiente, atento, participativo. Essas as qualidades do volante, que protegeu bem a zaga e participou ativamente da criação de jogadas.
Ricardo Ryller: Muito bom na marcação, arriscou alguns chutes a gol mas pecou nos passes.
Claudinho: Um primeiro tempo irretocável. Participou do gol de Helinho e deixou o seu. Na etapa final caiu de produção e foi substituído.
Artur: Foi bem no primeiro tempo, com pelo menos duas boas tentativas de gol. Como os demais companheiros de ataque, foi menos participativo no segundo tempo.
Ytalo: Uma jornada perfeita taticamente. Foi garçom nos dois gols e em alguns momentos voltou para ajudar na marcação.
Helinho: Bem colocado no primeiro gol, também foi melhor no começo do que na etapa final. Também foi substituído.
Cuello: Nos 23 minutos que esteve em campo esgotou o repertório de bobagens: não ajudou na marcação, muito menos nas jogadas ofensivas, quase ajuda o Corinthians a marcar, deu pontapés e acabou recebendo cartão amarelo.
Hurtado: Muito longe do jogador que atuou contra o Vasco. Arriscou chutes a gol, todos para fora, e quando poderia ter dado o passe para Artur marcar, preferiu chutar e de forma bisonha mandou a bola para fora.
Bruno Tubarão: Ajudou mais no setor defensivo e não teve chances ofensivamente.
Eric Ramirez: Longe da partida que fez contra o Vasco.
Leandrinho: Ninguém faz nada em apenas 1 minuto.
Barbieri: Colocou em campo o time que vem jogando bem, fez substituições no momento certo (duas), ou seja, não alterou demasiadamente a estrutura da equipe e manteve o mesmo esquema de jogo durante os 90 minutos.
CORINTHIANS 0 x 2 BRAGANTINO
Local: Arena Itaquera, São Paulo (SP)
Data: 25 de janeiro de 2021 (segunda-feira, 20 horas)
Árbitro: Bruno Arleu de Araújo (RJ) – Auxiliares: Bruno Boschilia (PR) e Michael Correia (RJ)
Público e renda: portões fechados
Gols: Helinho a 1’ e Claudinho aos 41’ (Bragantino)
CORINTHIANS: Cássio, Fagner, Bruno Méndez, Gil e Fábio Santos; Gabriel, Ramiro (Gabriel Pereira) e Casares (Luan); Gustavo Mosquito (Léo Natel), Jô (Everaldo) e Mateus Vital (Otero). Técnico: Vagner Mancini
BRAGANTINO: Cleiton, Aderlan, Léo Ortiz, Ligger e Edimar; Raul, Ricardo Ryller (Eric Ramires) e Claudinho (Bruno Tubarão); Artur (Leandrinho), Ytalo (Jan Hurtado) e Helinho (Cuello). Técnico: Maurício Barbieri.