O Bragantino saiu de campo no domingo, depois de enfrentar o Athletico-PR com os seguintes números: finalizou 20 vezes (11 para fora), teve 74% de posse de bola, 14 escanteios a seu favor e só perdeu no quesito desarmes, pois o Furacão foi um time bem defensivo.
Com esses dados, fica fácil imaginar que o Massa Bruta conquistou o três pontos. ERRADO! O time do técnico Maurício Barbieri saiu derrotado do Nabi Abi Chedi, fruto de vários equívocos cometidos antes de iniciada a partida.
Barbieri escalou como titular um jogador que havia jogado apenas 12 minutos quando fez a sua estreia e outros 4’ no jogo seguinte. Mas para o técnico, o suficiente para ser titular. Errou! Quem deveria ocupar o posto de Lucas Evangelista, lesionado, era Thonny Anderson. Essa escolha não ajudou em nada o setor ofensivo. E a confirmação disso foi um primeiro tempo horroroso, com raras chances de gol, um festival de passes errados, domínio enganoso na maior parte do tempo e uma desatenção do melhor jogador da defesa, Léo Ortiz, que custou os três pontos, ao falhar no gol de Renato Kayzer, aos 25’. Fora o gol, o Furacão apenas se defendeu.
2º tempo – A chance de consertar a escalação equivocada de Ramírez, se transformou em pesadelo. Barbieri mais uma vez deixou Thonny Anderson no banco e fez entrar Matheus Jesus, que não atuava desde 20 de novembro. Como esperado, o time continuou jogando mal, embora com maior posse de bola, falta de qualidade nas finalizações e incapacidade de transformar em gol três ou quatro chances que acabaram nas mãos do goleiro Santos. A certa altura do jogo a estratégia foi espantar o forte calor e abusar do ‘chuveirinho’, que consagrou a defensiva atleticana.
O Athletico, que optou por apenas se defender, pelo menos foi eficiente na estratégia que montou. E quase marca o segundo gol, novamente com Renato Kayzer, que mandou a bola contra o travessão de Cleiton.
Coletiva – Ao final da partida, durante a coletiva, o técnico Maurício Barbieri veio com o discurso pronto e repetitivo: o time foi competitivo, teve domínio absoluto do jogo, etc e tal. Ou seja, deu uma de Botafogo do Rio: jogou como nunca, perdeu como sempre!
A vitória poderia ter colocado o Bragantino para brigar na parte de cima da tabela, mas a nova derrota, a 9ª em 26 partidas, pôs o time de novo próximo da zona de rebaixamento, a 3 pontos do Vasco, que abre a temível Z4.
Desfalque – No próximo domingo, às 18h15, o Bragantino volta a campo, desta vez no Allianz Parque, para enfrentar o Palmeiras.
O desfalque em campo será justamente do ‘inventor’ Maurício Barbieri, que colecionou o terceiro cartão amarelo.
ATUAÇÕES
Cleiton: Para muitos, o gol do Furacão era defensável; para outros não! Foi mero espectador durante os 90 minutos.
Aderlan: Sem o mesmo brilho de partidas anteriores, se viu envolvido com a falta de bom futebol do time no setor ofensivo.
Léo Ortiz: Falhou feito no gol do Athletico e também não conseguiu melhorar seu desempenho a partir daí.
Ligger: Sem o ímpeto de avançar como vinha fazendo.
Edimar: O de sempre. Vai para o ataque e espera o ônibus para recompor a defesa. Por sorte, o time paranaense foi fraco ofensivamente. Quando o esquema de jogo foi para o espaço, saiu para dar lugar ao atacante Hurtado, que pouco conseguiu fazer.
Raul: Muito, muitíssimo longe de outras partidas, em que foi peça fundamental.
Claudinho: Outra jornada pouco inspirada, ainda que tentasse vários chutes de fora da área.
Eric Ramírez: Caiu de paraquedas no time titular por obra do treinador. Muito aquém do que joga Lucas Evangelista ou mesmo Thonny Anderson. Este, entrou tarde, no lugar de Artur.
Artur: No primeiro tempo pegou quatro vezes na bola, e errou todas. Na etapa final jogando pelo lado esquerdo, desapareceu por completo. Em 40 jogos pelo time, assinalou apenas 3 gols.
Ytalo: Disperso, lento, outro que também caiu de produção. Substituído por Alerrandro, que não pegou na bola mais que três vezes.
Bruno Tubarão: Com um ataque ruim, pouco criativo e nenhuma inspiração, não mostrou o que sabe. Deu lugar a Morato, aquele que faz o de sempre: Nada!
Matheus Jesus: Entrou no posto de Ramírez e não fez diferença alguma. Lento e perdido em meio ao ‘salve-se quem puder’ nos 30 minutos finais.
Maurício Barbieri: Errou ao escalar Ramírez e deixar Thonny Anderson de fora. Errou mais ainda ao fazer a substituição, e colocar Matheus Jesus. Peca também pelo discurso chato, repetitivo e que não acrescenta nada.
BRAGANTINO 0 x 1 ATHLETICO-PR
Local: Estádio Nabi Abi Chedid, Bragança Paulista (SP)
Data: 20 de dezembro de 2020 (domingo, 16 horas)
Árbitro. Bráulio da Silva Machado (SC); Assistentes: KIeber Lúcio Gil e Johnny Barros de Oliveira (SC)
Público e renda: portões fechados
Cartões amarelos: Ligger e Raul (Bragantino) e Alvarado, Zé Ivaldo, Christian e Richard (Athletico)
Gol: Renato Kayzer aos 25’ (Athletico)
BRAGANTINO: Cleiton, Aderlan, Léo Ortiz, Ligger e Edimar (Hurtado); Raul, Eric Ramires (Matheus Jesus) e Claudinho; Artur (Thonny Anderson), Ytalo (Alerrandro) e Bruno Tubarão (Morato). Técnico: Maurício Barbieri.
ATHLETICO-PR: Santos, Khellven (Lucas Halter), Zé Ivaldo, Thiago Heleno e Abner; Richard (Lucho González), Nikão, Christian (Alvarado) e Léo Cittadini; Carlos Eduardo (Reinaldo) e Renato Kayzer (Walter). Técnico: Paulo Autuori.