A expectativa do Red Bull Bragantino assinalar seu 100º gol depois da fusão, se viu frustrada no sábado à noite, quando o time não saiu de um medíocre 0 x 0 diante de um fraquíssimo Corinthians. Um, senão o pior jogo do campeonato.
O Bragantino teve mais posse de bola, mas em compensação abusou dos passes errados, dos chutões na ligação entre defesa e ataque, no número de faltas e, principalmente, na incompetência na hora de finalizar a gol.
Sem Claudinho, machucado, e Uillian Correia, inexplicavelmente no banco, o Bragantino teve dificuldades em armar jogadas para o setor ofensivo e por isso abusou dos chutões. Outro problema que parece crônico, é a ineficiência em sair jogando da defensiva. Também não se sabe porque, particularmente no jogo de ontem, com dois volantes de contenção (Raul e Ryller), nenhum se aproximou da zaga para facilitar a saída de bola da defesa para o ataque.
Barbieri errou ao escalar dois volantes de marcação e deixar o criativo Uillian Correia no banco, já sabendo que não contava com Claudinho. Dois volantes para enfrentar um time ruim como o do Corinthians? Fala sério! Não contente em escalar mal, substituiu pior ainda.
A ladainha de que jogou melhor, encontrou um padrão e está evoluindo tem sido repetida à exaustão, mas é pouco produtiva e passadas 13 rodadas (2/3 do turno) o time segue na zona de rebaixamento.
Ontem, o ataque novamente se mostrou incompetente para finalizar e não há mais desculpa para tantos gols perdidos.
Descer a detalhes sobre o que aconteceu nos 90 minutos é até desnecessário, tamanha a ruindade que se viu em campo. O primeiro tempo foi catastrófico e se houve uma pequena melhora na etapa final, ela foi enterrada pela ausência de técnica. Boa vontade, só, não vai tirar o Bragantino do buraco.
A transmissão do Premiére, diante de tanta incompetência, chegou a dizer que a bola, por ser redonda, estava atrapalhando os jogadores, e que a partida mais parecia um treino coletivo. Tivesse o jogo contado com público pagante, seria o caso de devolver o dinheiro do ingresso ao apito final do árbitro.
ATUAÇÕES
JÚLIO CÉSAR: No primeiro tempo um espectador. No segundo, poucas vezes chamado a intervir.
ADERLAN: Não se viu o lateral em jogadas ofensivas, como de costume. Na defensiva teve o trabalho facilitado pela ruindade dos atacantes adversários.
LÉO ORTIZ: O mesmo jogador importante de sempre e ontem tentou um arremate a gol diante da fragilidade dos atacantes.
LIGGER: Seguro, procurou sair jogando e bem nas coberturas.
EDIMAR: Não comprometeu na função de marcador e buscou ser uma alternativa nas jogadas de ataque.
RICARDO RYLLER: Não foi bem como em outras partidas, embora não tenha comprometido. Ontem levou o sétimo cartão amarelo em 11 jogos que disputou.
RAUL: Discreto, muito aquém de partidas anteriores e sem cacoete na função de armador.
LUCAS EVANGELISTA: Não foi bem, depois de duas boas partidas. Sentiu a ausência de Claudinho a lhe dar assistências.
ARTUR: Duas finalizações a gol e erradas. E só! Na maioria do tempo, insiste em receber a bola na direita do ataque e inexplicavelmente aborta a ofensividade, recuando demasiadamente a bola para a defesa.
ALERRANDRO: Figura decorativa. Bem marcado, não produziu absolutamente nada.
BRUNO TUBARÃO: Muito bem ofensivamente, mas foi outro que sentiu a ausência de um jogador criativo a lhe ajudar.
Thyonny Anderson e Luís Phelipe, que entraram no decorrer da partida, não tiveram tempo de mostrar nada.
BARBIERI: Errou ao tirar Uillian Correia do time, ao escalar dois volantes de contenção, ao fazer substituições tarde demais e em não enxergar erros óbvios que continuam a prejudicar o futebol coletivo do time.
BRAGANTINO 0 x 0 CORINTHIANS
Local: Estádo Nabi Abi Chedi, Bragança Paulista (SP)
Data: 3 de outubro de 2020 (sábado, 21 horas)
Árbitro: Edina Alves Batista (SP) – Auxiliares: Danilo Ricardo Simon Manis (SP) e Evandro de Melo Lima (SP)
Público e renda: portões fechados
Cartões amarelos: Ricardo Ryller (Bragantino) e Fagner e Gabriel (Corinthians)
BRAGANTINO: Júlio César; Aderlan, Léo Ortiz, Ligger e Edimar; Ricardo Ryller (Thonny Anderson), Raul e Lucas Evangelista; Artur, Alerrandro e Bruno Tubarão (Luís Phelipe). Técnico: Maurício Barbieri.
CORINTHIANS: Cássio, Fagner, Gil, Danilo Avelar e Lucas Piton; Gabriel (Ramiro), Cantillo e Luan (Cazares); Otero (Mantuan), Jô (Boselli) e Léo Natel (Gustavo Mosquito). Técnico: Dyego Coelho.