Uma penalidade mal cobrada e uma jogada cara a cara com o goleiro, em que tropeçou na hora de concluir. Essas duas jogadas definiram o resultado do Bragantino diante do Vasco, no domingo pela manhã, no Rio. Ambas de responsabilidade do atacante Alerrandro.
Etapa inicial – O jogo foi ruim tecnicamente e o Vasco só jogou os 15 primeiros minutos. De resto, o Bragantino foi melhor, mas incompetente para transformar as muitas chances criadas em gol. O forte calor não ajudou, mas a vitória teria sido o resultado mais justo para os comandados de Barbieri.
Logo de cara o Vasco tentou sufocar com marcação alta, muita posse de bola, mas pouca conclusão a gol. Aos poucos o Bragantino foi se soltando, mas sofreu um gol de Talles Magno, anulado por impedimento. Na volta da parada técnica o Bragantino subiu um pouco a marcação e passou a controlar as ações, até que aos 35 minutos o volante Bruno Gomes coloca a mão na bola e o árbitro assinala pênalti. Alerrando chuta mal e facilita as coisas para o goleiro Fernando Miguel.
Segundo tempo – Assim como o calor carioca, a partida começou quente na etapa final e os gols saíram aos 4 minutos para o Vasco, em jogada pela esquerda, através de Juninho, que cruzou a bola até o meio da área onde estava Vinícius, livre, que bateu firme sem chance para Júlio César.
O time cruzmaltino não teve tempo nem de comemorar. Logo que o Bragantino deu a saída, Tubarão fez excelente jogada pela esquerda, em velocidade, cruzou para Alerrandro que ajeitou para Lucas Evangelista, no círculo da grande área, que bateu de primeira, no canto de Fernando Miguel.
Nos minutos seguintes só deu Bragantino: cabeceada de Léo Ortiz, em cobrança de escanteio, que passou rente à trave; cobrança de falta de Claudinho que parou nas mãos do goleiro e novo cruzamento de Tubarão para Alerrandro, que viu a defesa chegar primeiro.
Aos 31 minutos a jogada bisonha de Alerrandro, que sozinho, recebeu na entrada da área, em jogada de Tubarão, e de frente para o goleiro, tropeçou na hora chutar. Grotesco.
A partir daí foi visível o cansaço dos dois times e nada de mais importante aconteceu.
Sábado – O Bragantino tem mais uma semana inteira para se preparar para próximo confronto, diante do Corinthians, no Nabizão, no sábado às 21 horas. O Timão joga antes, amanhã, jogo atrasado, contra o Atlético-GO.
VASCO 1 x 1 BRAGANTINO
Local: Estádio São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
Data: 27 de setembro de 2020 – domingo, 11 horas
Árbitro: Rodolpho Toski Marques (PR) – Assistentes: Bruno Boschilia (PR) e Sidmar dos Santos Meurer (PR)
Cartões amarelos: Guilherme Parede (Vasco) e Bruno Tubarão (Bragantino)
Gols: Vinícius aos 49’ (Vasco) e Lucas Evangelista aos 50’ (Bragantino)
VASCO: Fernando Miguel, Yago Picachu (Caio Tenório), Miranda, Leandro Castán e Henrique; Bruno Gomes, Marcos Júnior (Ribamar) e Juninho (Carlinhos); Vinícius (Ygor Catatau), Cano e Talles Magno (Guilherme Parede). Técnico: Ramon Menezes.
BRAGANTINO: Júlio César, Raul, Léo Ortiz, Ligger e Edimar (Weverson); Uillian Correia, Lucas Evangelista e Claudinho (Luis Phelipe); Artur (Morato), Alerrandro (Hurtado) e Bruno Tubarão (Barreto). Técnico: Maurício Barbieri.
ATUAÇÕES
Júlio César: Mero expectador. Não foi obrigado a nenhuma defesa difícil diante do ataque inoperante do Vasco. Sem culpa no gol.
Raul: Desta vez se viu em dificuldades para marcar Talles Magno e a maioria das jogadas foi pelo seu setor, justamente por onde saiu o gol.
Léo Ortiz: O mesmo futebol brilhante de sempre. Joga com calma, tem bom posicionamento e faz muito bem as coberturas dos laterais.
Ligger: Bobeou apenas no comecinho do jogo, quando ficou olhando a bola e permitiu a Cano cabecear, por sorte para fora. No mais, foi bem.
Edimar: Ataca com eficiência, mas tem problemas na hora de recompor a defensiva pelo seu setor. Mas não comprometeu.
Uillian Correia: O toque de classe, a serenidade e a criação de jogadas que faltava. Pena que o ataque estava em jornada ruim. Merece continuar no time.
Lucas Evangelista: Se movimentou bem em vários setores do campo, ajudou na marcação e fez um bolo gol.
Claudinho: Quem mais criou, mais ajudou na marcação, mas também viu um ataque que acertou pouco.
Artur: Passou da hora de esquentar banco. Caricato, ausente, nada criou e não ajudou no setor defensivo. O Artur que enfrentou o Ceará não foi ao Rio.
Alerrandro: Os dois pontos não conquistados devem ser creditados a ele. Uma cobrança de penalti ridícula e um gol perdido muito visto em atacante de futebol amador.
Bruno Tubarão: O melhor jogador da partida. Veloz, sabe cruzar, volta para compor o sistema defensivo, taticamente perfeito.
Entraram Weverson, Luís Phelipe (que poderia iniciar a próxima partida no lugar de Artur), Morato, Hurtado e Barreto. Todos sem chance no pouco tempo que estiveram em campo.
Maurício Barbieri: Acertou em escalar Uillian Correia, parece ter encontrado uma forma de jogar sem o ‘tic-tac’, mas tem demorou para tirar Artur. Precisa com urgência ministrar cobranças de penalidades nos treinos. Três perdidos em doze rodadas é muito.
FOTO: Ari Ferreira / RB Bragantino