Por ocasião do centenário da Diocese de Bragança Paulista, celebrado na quinta-feira, 24, foi lembrado pelo cerimonial do evento a reintegração da Cruz de Pedra da catedral, desaparecida durante a demolição da igreja antiga. Além do sino, também resgatado, outras artes sacras desapareceram e até hoje não foram resgatadas.
Em 7 de agosto de 2004, a Gazeta Bragantina publicou reportagem anunciando a negociação feita com intermediação da prefeitura por meio do saudoso prefeito Jesus Chedid, de Elmir Kalil Chedid, então deputado. Edmir Chedid, de Ricardo Oliveira , diretor do Sistema Interiorano de Comunicação-SIC- que representou a presidente do SIC, Tereza Regina Ganziera Abi Chedid e Jorge Alberto Nabut, diretor do Museu de Arte Sacra de Uberaba, para resgatar a Cruz que é patrimônio histórico e religioso de Bragança Paulista.
As negociações foram positivadas depois de aceita a proposta de doação de uma imagem de Nossa Senhora das Dores, padroeira da Paróquia de Santa Cruz, na cidade de Uberaba, onde a Cruz estava afixada em local público e atraía muitos fiéis, foi comprada pelo Sistema Interiorano de Comunicação e trocada pela Cruz de Pedra. A imagem da Santa custou R$4.500,00 conforme recibo de recepção da imagem, datado de 1º de julho de 2004, assinado pelo Sr. Jorge Alberto Nabut, testemunhado por Cleber Centini, então Secretário de Cultura, e pelo saudoso Amílcar Donato Barletta, que foram a Uberaba buscar a Cruz.
Para carregar a Cruz com guincho, houve certa dificuldade porque munícipes de Uberaba e fiéis daquela paróquia tentaram impedir, porque não sabiam o verdadeiro motivo da remoção daquele símbolo. Com a intermediação de autoridades mineiras, do clero e da polícia, houve o entendimento e a Cruz finalmente retornou à Bragança depois de décadas permanecer desaparecida.
Ressalte-se também a participação no projeto de reintegração do símbolo do ex-vice-prefeito Luiz Gonzaga Mathias, do ex-vereador João Soares, do arquiteto Gustavo Picarelli e Carlos Picarelli.
