A Prefeitura de Bragança foi a anfitriã de importante reunião entre prefeitos, vice-prefeitos e secretários municipais das 16 cidades que integram a Região Bragantina e Circuito das Águas, na terça-feira (28), presidida pelo prefeito Edmir Chedid, no Palácio Santo Agostinho.
Desde a declaração do Governador Tarcísio de Freitas que a prioridade de sua gestão era implantar o Hospital Regional em Bragança Paulista, as tratativas avançaram para que um dos principais anseios dos municípios se torne realidade o mais breve possível. No dia 24, a Dra. Priscilla Perdicaris, Secretária Executiva da Secretaria de Saúde do Estado, esteve em Bragança Paulista, a pedido do Governador, para conhecer a estrutura do antigo Hospital Bragantino (Hospital da Unimed), que deve ser a sede do Hospital Regional. Ela estava acompanhada do Diretor da DRS-7 de Campinas, Dr. Jorge Carlos Machado Curi.
O passo seguinte foi a reunião desta semana, entre os representantes dos 11 municípios da Região Bragantina e das cinco cidades do Circuito das Águas que serão atendidos pelo equipamento. “Durante 30 anos como deputado estadual lutei por melhorias na região, entre elas, o Hospital Regional, que agora está próximo de se tornar realidade. Por isso convidei todos para esta reunião, para que possamos unir forças em torno desse objetivo comum e levar ao Governo do Estado o formato que queremos para nosso Hospital Regional”, destacou o prefeito Edmir Chedid.
Ele lembrou ainda que se alguma cidade tiver uma proposta para a implantação do Hospital, também pode apresentar o pleito. Mas lembrou que a escolha de Bragança Paulista se deveu justamente por já existir uma estrutura praticamente pronta, faltando apenas alguns ajustes para funcionar. “A cidade que tiver área ou estrutura para apresentar, nós aceitamos a proposta. Mas é importante lembrar que se for construir um hospital do zero, levará anos para o Governo do Estado fazer a licitação, levantar a construção, equipar e colocar para funcionar. E nossa necessidade é urgente”.
Prefeitos, vice-prefeitos e secretários municipais fizeram suas colocações e sugestões, mas todos concordaram sobre a necessidade de se unir para fortalecer a proposta e apresentar um projeto que mostre a realidade dos municípios e atenda às necessidades.
Ficou acertado que será apresentada a proposta de instalação do hospital no prédio já existente em Bragança Paulista. Na quarta-feira (29), os secretários e diretores de saúde dos municípios da Região Bragantina se reuniram para iniciar as tratativas sobre o levantamento dos dados técnicos de atendimentos e posteriormente formatar um relatório. Na quinta-feira (30), os municípios do Circuito das Águas fizeram sua reunião técnica para tratar do documento daquela região. Em seguida, as duas regiões unirão os dados levantados para um relatório final dos 16 municípios.
Esse relatório será apresentado aos prefeitos e vice-prefeitos, que levarão a proposta primeiro ao Secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Dr. Eleuses Paiva e, em seguida, ao governador Tarcísio de Freitas.
A região – Durante a reunião, a Secretária Municipal de Saúde de Bragança Paulista, Carmem Silvia Guariente, apresentou um relatório sobre a Rede de Urgência e Emergência atual da Região Bragantina e Circuito das Águas.
A população os 16 municípios, segundo estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2024 é de 409.834 habitantes na Região Bragantina (Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista, Joanópolis, Nazaré Paulista, Pedra Bela, Pinhalzinho, Piracaia, Socorro, Tuiuti e Vargem) e 134.902 habitantes no Circuito das Águas (Águas de Lindóia, Amparo, Lindóia, Monte Alegre do Sul e Serra Negra). São 544.736 habitantes ao todo.
Atualmente a Região Bragantina conta com 16 equipamentos de saúde para urgência e emergência e o Circuito das Águas com 6 equipamentos. Nenhum deles, no entanto, com exceção do HUSF, têm uma estrutura próxima à de um Hospital Regional e há muitas dificuldades para manutenção, já que a maioria funciona com verbas municipais.
O relatório apresentado também mostra as dificuldades prioritárias das duas regiões, entre elas, leitos de UTI, cirurgias, especialidades etc. Traz ainda a proposta de regionalização do Estado, em plano construído em 2023, que já apontava as dificuldades de acesso a leitos e procedimentos de média e alta complexidades e a necessidade de implantação de um Hospital Regional.