De acordo com anúncio feito na primeira semana deste ano, os planos de saúde coletivos terão reajuste médio de 25%, o que vai causar impacto financeiro nos beneficiários. Essa modalidade de plano responde por 70% do mercado e o índice é definido pelas próprias operadoras, através da equação que considera os gastos e que recebe o nome de sinistralidade. Em planos coletivos, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) não interfere.
O Brasil fechou 2023 com 50,8 milhões de planos de saúde ativos, sendo 35,8 milhões na modalidade empresarial.
De acordo com um estudo elaborado pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), considerado o período dos últimos cinco anos, as mensalidades dos planos individuais cresceram 35,41% no acumulado do período, enquanto as de planos coletivos apresentaram valores bem maiores. Os coletivos empresariais, com 30 vidas ou mais, aumentaram 58,94%; coletivos por adesão, com 30 vidas ou mais, 67,68%; coletivos por adesão, com até 29 vidas, 74,33%; e coletivos empresariais, com até 29 vidas, 82,36%.
Reclamações – Segundo dados divulgados na última semana de 2023, pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, as reclamações de usuários tiveram crescimento de quase 50% (49,7%) nos primeiros dez meses do ano passado. Foram reclamações assistenciais e não assistenciais que superaram os três anos anteriores em todos os meses do ano. Só em agosto, foram 36.799 notificações de usuários dos planos de saúde. Com referência à assistência dos planos, somaram 82,7% das notificações, até outubro.
Esses dados da ANS permitem calcular que o IGR (Índice Geral de Reclamações) aumenta ano a ano. Segundo a agência, os planos de assistência médica tiveram 55,1 reclamações para cada 100 mil beneficiários. Essa proporção era de 24,1 em 2020; de 30,2 em 2021 e de 36,8 em 2022.