Wagner Azevedo
Uma conjunção de fatores negativos resultou no empate de Cuiabá e Bragantino, na noite deste sábado (22), partida disputada na Arena Pantanal (MT).
Estádio vazio, árbitro confuso, dois times ruins tecnicamente e que pelo menos nessa partida, deram mostras que precisam melhorar muito se quiserem seguir na elite do futebol nacional.
Em 90 minutos foram dados 5 chutes a gol (3 do Cuiabá e 2 do Bragantino), 38 faltas e 21 chutes para fora. A isso, some-se um exagero de passes errados.
O Cuiabá, embora tivesse menos posse de bola (33% x 67%), foi o time que mais buscou a vitória e esbarrou na incompetência de seu ataque. O Bragantino, por sua vez, viu dois dos seus principais jogadores jogarem mal, como até então não se tinha visto: Juninho Capixaba e Matheus Fernandes. Sobrou Eduardo Sasha que, sozinho, pouco conseguiu fazer.
O meio-campo do Massa Bruta não existiu e isso resultou num ataque pífio, pouquíssimo produtivo. Tecnicamente os dois times mostraram um futebol ruim.
2º tempo – Na volta do intervalo o árbitro potiguar, que já havia sido confuso no tempo inicial, marcou um pênalti logo a 1’ para os donos da casa, que só ele viu. Teve que voltar atrás depois que o VAR determinou a revisão do lance.
Os gols saíram apenas na etapa complementar e o Cuiabá foi o primeiro a marcar, com Mateusinho, aos 66’, em cobrança de falta de Ceppelini, que lançou a bola para dentro da área, a defesa apenas espanou e sobrou livre para Mateusinho, de cabeça, mandar para as redes.
As substituições feitas pelo técnico Pedro Caixinha, exceção feita ao oportunismo de Thiago Borbas, que aos 85’ recebeu um lançamento longo e empatou a partida, nada acrescentaram ao desempenho do time.
O resultado caiu dos céus e manteve o Bragantino nas primeiras colocações. Mas o time, salvo raras exceções, é fraco para um campeonato do nível do Brasileirão.
Aquele amistoso antes da temporada começar, em que Lucas Cunha se lesionou, vai ser o próximo jogo do Bragantino: contra o Cruzeiro, no Nabizão, no próximo sábado, às 18h30.
ATUAÇÕES
Lucão: É inacreditável que nenhum goleiro do Bragantino saiba sair jogando com os pés. Lucão errou todas as tentativas. Mas fez boas defesas. Nota 6,0.
Aderlan: Bastante participativo na etapa inicial, caiu de produção com o passar do tempo. Nota 6,5.
Eduardo Santos: Melhor que na partida anterior, fez boas antecipações. Mas falhou no gol. Nota 6,0.
Natan: Passa a impressão que seus reservas são ainda pior ao disputar todos os jogos como titular. Errou passes em profusão, falhou no gol e sair jogando também não é seu forte. Nota 5,5.
Juninho Capixaba: A pior apresentação desde que chegou ao time. Errou passes, foi facilmente vencido nas jogadas pelo seu setor, falho nas coberturas e, de quebra, recebeu cartão amarelo. Nota 5,5.
Matheus Fernandes: Também uma partida para esquecer. Não conseguiu achar um espaço para jogar, falhou na marcação e inexistiu na criação de jogadas. Acabou substituído. Nota 5,5.
Lucas Evangelista: Correu bastante, ajudou na marcação mas ficou devendo na criação. Nota 6,5.
Gustavinho: Sumido em campo. Não apareceu para jogar. Gastou tudo o que sabia no jogo anterior. Nota 5,5.
Helinho: Até tentou no primeiro tempo na base da correria e chutes a gol (não acertou nenhum). Mas demonstrou espírito de luta. Nota 6,0.
Eduardo Sasha: Um batalhador. Correu muito, se deslocou para abrir espaço aos companheiros e tentou deixar o seu. Sozinho, no entanto, pouco conseguiu fazer. Nota 7,0.
Henry Mosquera: Parece ser um novo membro do clube “a cigana me enganou”. Nos dois jogos do Brasileirão não jogou absolutamente nada. Não sabe, como ponta, ir à linha de fundo. Medíocre. Nota 4,5.
Substitutos: Dos que entraram, Jadson Silva, Sorriso, Eric Ramires, Nacho Laquintana e Thiago Borbas, destaque apenas para este último, pelo oportunismo do gol. Nota 7,0.
Pedro Caixinha: Não conseguiu fazer o time jogar, principalmente o setor de meio-campo, facilmente envolvido pelos cuiabanos. Nota 5,5.
CUIABÁ 1 x 1 BRAGANTINO
Campeonato Brasileiro Série A – 2ª RODADA
Local: Arena Pantanal, Cuiabá (MT)
Data: 22 de abril de 2023 (sábado, 18h30)
Árbitro: Caio Max Augusto Vieira-RN – Assistentes: Ivan Carlos Bohn (PR) e Rafael Trombeta (PR) – Árbitro de vídeo: Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro-RN-Fifa (árbitro de vídeo)
Público: 9.267 pagantes – Renda: R$ 185.440,00
Cartões amarelos: Ceppelini, Marllon e Denilson (Cuiabá) e Henry Mosquera, Thiago Borbas e Juninho Capixaba (Bragantino)
Gols: Mateusinho aos 66’ (Cuiabá) e Thiago Borbas aos 85’ (Bragantino)
CUIABÁ: Walter; Mateusinho, Allyson, Marllon e PK; Raniele (Fernando Sobral), Denilson (Ronald) e Ceppelini; Yuri Castilho (Jonathan Cafu), Emerson Ramon (Isidro Pitta) e Deyverson (Wellington Silva). Técnico: Ivo Vieira.
BRAGANTINO: Lucão; Aderlan, Eduardo Santos, Natan e Juninho Capixaba; Matheus Fernandes (Thiago Borbas), Lucas Evangelista (Sorriso) e Gustavinho (Eric Ramires); Helinho (Jadsom Silva), Eduardo Sasha e Henry Mosquera (Nacho Laquintana). Técnico: Pedro Caixinha.