A derrota do Bragantino para o Ypiranga-RS na noite desta quarta-feira (15) mostrou que tudo aquilo que sobrou ao time de Erechim, faltou ao Massa Bruta: raça, determinação, estratégia (principalmente quando ficou com um homem a mais) e disposição tática. Com esses ingredientes o resultado não poderia ter sido outro senão a derrota, por 3 x 1. A queda representou R$ 2,1 milhões a menos nos cofres do clube. As alternâncias táticas do time de Bragança, sem continuidade jogo a jogo, tem levado a desastres como esse em Erechim (RS). Assim como foram inaceitáveis as desclassificações de Corinthians e São Paulo no Paulistão, essa queda do Bragantino também se inclui nesse rol.
O time gaúcho começou a contenda com marcação alta e dificultando a saída de bola do Braga, que por sua vez também adotou a postura de marcar o adversário em seu campo de defesa. Com o passar do tempo, a disputa ficou praticamente restrita ao meio campo, até que o Ypiranga chegou às redes de Cleiton, aos 16 minutos, quando PK escapou pela esquerda e cruzou na medida para Erick, sozinho entre dois zagueiros, cabecear para abrir o marcador. A partir daí o Bragantino não mostrou poder de reação e o time da casa teve outras duas oportunidades de ampliar, com Islan aos 36’, que obrigou Cleiton a grande defesa e cinco minutos depois, em chute de Mossoró, que o goleiro bragantino também defendeu. E logo em seguida, numa das raras jogadas agudas do time de Pedro Caixinha, Juninho Capixaba bateu da entrada da área e o goleiro Caíque rebateu e se jogou sobre a bola impedindo o empate.
Etapa final – Após o intervalo o Bragantino voltou com modificações na equipe, mas foi o conjunto gaúcho que seguiu com superioridade e aos 55’ chegou ao segundo gol, através do meia João Pedro, em cobrança de falta. A bola bateu no travessão e caiu dentro do gol.
Já na base do desespero, do tudo ou nada, o Bragantino se lançou ao ataque, aproximou mais os seus setores (que até então deixavam um buraco por onde jogava o Ypiranga) e quase chegou ao gol através de Alerrandro, aos 66’. O atacante, já dentro da área, deu um toque de primeira na saída do goleiro, porém este conseguiu afastar para escanteio.
O jogo parecia querer conspirar a favor do Massa Bruta, quando aos 72’ o árbitro expulsou Patric Calmon do time gaúcho. O Bragantino passou a jogar mais ofensivamente, obrigando o Ypiranga a se retrair e a se defender como podia. Após muita pressão o time de Caixinha chegou à marcação do primeiro gol aos 87′ em conclusão de Alerrandro, após um bate-rebate na área. Quando se imaginava que o Bragantino iria com tudo em busca do empate, isso não aconteceu, e foi o Ypiranga que chegou à marcação do terceiro tempo, em linda jogada construída por Jhonatan Ribeiro, que invadiu a área, tirou os zagueiros e o goleiro Cleiton antes de balançar as redes.
O resultado foi justo pelo que o Bragantino apresentou, mas inaceitável para um time que imaginava ir mais longe na competição e que volta a repetir a fraca campanha que realizou na Copa do Brasil do ano passado, quando venceu fora de casa e, no Nabizão, acabou eliminado nos pênaltis.
YPIRANGA 3 x 1 BRAGANTINO
Copa do Brasil
Local: Arena da Lagoa, Erechim (RS)
Data: 15 de março de 2023 (quarta-feira, 21h30)
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães (RJ) – Assistentes: Michael Correia (RJ) e Diego Luiz Couto Barcelos (RS)
Público e renda: Não divulgados
Cartões amarelos: Lorran, Ralph, MV e Erick (Ypiranga) e Andrés Hurtado, Lucas Cunha, Juninho Capixaba e Jadsom Silva (Bragantino)
Cartão vermelho: Patric Calmon (Ypiranga)
YPIRANGA-RS: Caíque; Robson, Islan, Windson e Patric Calmon; Lorran, Mossoró (Clayton) e João Pedro (Ralph); Matheuzinho (Jhonatan Ribeiro), MV (Bruno Baio) e Erick (Júnior Sergipano). Técnico: Luizinho Vieira.
BRAGANTINO: Cleiton; Andrés Hurtado, Lucas Cunha (Léo Realpe), Natan e Juninho Capixaba (Gustavinho); Jadsom Silva (Sorriso), Matheus Fernandes (Popó), Eric Ramires e Bruninho; Artur (Luan Patrick) e Alerrandro. Técnico: Pedro Caixinha.