A população ficou sem ônibus na manhã de ontem (10), após funcionários da empresa JTP Transportes entrarem em greve por não receberem o salário previsto para ser pago na sexta-feira (7). Segundo a empresa, o pagamento não foi feito por conta de uma falha no sistema bancário e não por falta de dinheiro, e que o ordenado seria depositado assim que o expediente bancário fosse iniciado, por volta das 10h.
O secretário de Mobilidade Urbana, Rogério Crantschaninov, esteve no local e tentou argumentar com os motoristas que se mostraram irredutíveis no retorno ao trabalho, o que resultou em uma reunião entre secretários, empresa, sindicato da categoria e líderes da greve. Após a reunião, que durou cerca de uma hora, a Secretaria de Comunicação da Prefeitura Municipal confirmou que o pagamento foi feito e os ônibus voltaram a circular normalmente por volta das 10h30.
A mesma fonte afirma que a paralisação foi decidida por motoristas antes do início do expediente e que a decisão não passou pelo sindicato da categoria. Agora administração deve notificar a JTP, conforme previsto pelo edital da licitação e contrato da empresa. A Prefeitura ainda diz que a paralisação total é ilegal, não segue os ritos necessários e prejudica a população. A falta de pagamento não tem relação com o repasse feito pela prefeitura, que afirma que não tem nenhuma pendência financeira junto à empresa.
Ação rápida – O secretário de Mobilidade Urbana disse à rádio 102,1FM, que a prefeitura foi informada ainda pela madrugada que os ônibus não estavam saindo da garagem e que imediatamente foi ao local e teve uma conversa com a diretoria da empresa que alegou uma falha no sistema. “A empresa alegou que teve um problema de ordem administrativa, não um problema de caixa, mas de interface com o banco, que estaria sendo resolvido na abertura do expediente bancário” explicou.
O secretário explicou que a paralisação de todos os ônibus não pode ser feita abruptamente, e deve obedecer um ritual como aviso prévio para que a população e até o município se preparem para a paralisação. “Isso foi feito de uma forma totalmente inversa e os usuários sofrendo pela ação indevida dos funcionários”, afirmou
Rogério também disse que iniciou conversas com os funcionários e com os diretores da empresa em São Paulo, garantindo que o ordenado estaria na conta assim que o expediente bancário fosse iniciado e ouviu uma negativa dos funcionários e líderes sindicais que estavam à frente da paralisação. “Mesmo entre os funcionários existem lideranças que se posicionaram de maneira contrária a retornar enquanto não houvesse a confirmação do pagamento. Se mostraram irredutíveis, razão pela qual chamamos o sindicato e conversamos conversar em outros termos, porque o sindicato representa a categoria e tem por obrigação adotar uma postura que seja legalista nesse caso” explicou.
Além do secretário de Mobilidade Urbana, participam da reunião os secretários Thiago José Lopes (Jurídico), José Galileu de Mattos (Especial de Gabinete), Darwin da Cruz Gonçalves (Administração), representantes do Sindicato dos Motoristas de Atibaia e Região, motoristas e gerente da empresa JTP. Na ocasião, a Administração Municipal afirmou que a greve é um direito constitucional, contudo, alertou a empresa, funcionários e sindicato da necessidade de comunicação prévia para que o Poder Público possa tomar as providências cabíveis para não deixar a população sem transporte.