Dados oficiais divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde revelam que apenas 20,8% das crianças menores de cinco anos foram vacinadas contra a poliomielite (paralisia infantil), desde o início da campanha, dia 8 deste mês. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é de 95% do público-alvo, o que está distante de ser alcançada em Bragança. A campanha se encerra no dia 9 de setembro.
Até ontem foram imunizadas 2.509 crianças com idades entre 6 meses e menos de 5 anos, a metade no Dia D, que aconteceu no sábado (20).
De acordo com os números, a cobertura vacinal por faixa etária mostra 744 doses aplicadas em crianças menores de 1 ano; 444 nas que têm um ano, 437 nas de dois anos; 477 naquelas com três anos e 407 com idade de quatro anos. O público total que deve ser vacinado é de pouco mais de 10 mil menores de cinco anos.
Multivacinação – Paralelamente à vacinação contra a pólio, acontece a Campanha de Multivacinação, oportunidade para crianças e adolescentes colocar a carteira em dia, com vacinas consideradas de rotina, para combate ao sarampo, rubéola, caxumba, varicela, hepatites A e B, rotavírus e HPV. Neste caso, o número é ainda menor, pois 673 pessoas foram imunizadas na faixa etária entre 5 a 14 anos, equivalente a 7,96% do total de 8.450 esperados.
Autoridades em imunização dizem que todos os esforços devem ser feitos para ampliar os índices de vacinação envolvendo todos os segmentos da sociedade. Enfatizam que todo e qualquer meio deve ser utilizado nas ações de orientação e conscientização sobre a importância das vacinas, que devem ser prioritárias, e ampliar a mobilização, já que os números até agora são pequenos. Além dos postos, é necessário setorizar a campanha em escolas e igrejas, além de todos os canais de comunicação disponíveis: redes sociais, aplicativos de mensagens, telefone e conversa presencial, pois as doenças só são evitadas com a vacina.
Pólio – A poliomielite é uma doença aguda altamente transmissível. O contágio se dá por contato direto entre pessoas e através de alimentos e água contaminados por fezes de doentes ou portadores do vírus.
Os sintomas podem ser facilmente confundidos com os de outras doenças: febre, inflamação na garganta, dor de cabeça, vômito, fadiga, rigidez muscular, fraqueza e sensibilidade. A maior consequência é a paralisia motora.
O Brasil recebeu o certificado de eliminação da pólio em 1994, resultado das insistentes e eficientes campanhas de vacinação. No entanto, até que a doença seja erradicada no mundo, existe o risco de ter casos importados e o vírus voltar a circular.