O preço dos remédios está mais caro desde sexta-feira (1), data em que a Anvisa autoriza o reajuste que neste ano deve ficar na casa de 10%, segundo analistas. O reajuste é calculado por meio de uma fórmula que leva em conta a variação da inflação (IPCA), que em 2021 foi de 10,06%.
A autorização do reajuste anual, sempre em 1º de abril, é feita pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão vinculado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No entanto, um relatório feito por analistas do banco Citi aponta que a alta deve ficar em torno de 10%. Ou seja, próxima à inflação registrada no ano passado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 10,06%.
O percentual de aumento é estabelecido conforme a Lei 10.742/2003 e calculado por meio de uma fórmula que leva em conta a variação da inflação medida pelo IPCA, ganhos de produtividade das fabricantes de medicamentos, variação dos custos dos insumos e características de mercado.
Segundo o Instituto Febrafar de Pesquisas e Educação Corporativa (Ifepec), em pesquisa conjunta com a Unicamp, o comportamento de consumidores em farmácias tem mudado. As pessoas estão mais preocupadas em economizar, e 79,9% disseram que o preço é determinante na escolha do local onde comprar.
Outra alternativa é fazer cadastro em programas governamentais que distribuem remédios gratuitamente ou os vendem subsidiados.
Perfil – Na pesquisa, foi identificado que o perfil de 86% das pessoas buscam algum programa de fidelidade para garantir descontos.
Ainda de acordo com a Febrafar, a quantidade média de unidades adquiridas em uma cesta de compras caiu de 3 medicamentos em 2020, para 2,6 no ano passado. Já o valor médio do tíquete, baixou de R$ 55,02 para R$ 43,71, redução de 19%.