WAGNER AZEVEDO
O início, na semana passada, da imunização com a quarta dose da vacina contra a Covid é só mais um componente de todo um processo que envolveu e envolve a pandemia do coronavírus no País. Indispensável tecer análises e comentários sobre a importância de se continuar vacinando e, com isso, evitar novas variantes e proteger os mais velhos, com menor resposta imunológica, o que os expõe a uma possibilidade de sintomas mais graves e todas as suas consequências.
Porém, não se pode esquecer que a vacina contra a covid veio para ficar e está na hora de acabar com a contagem das doses e torná-la anualmente obrigatória. O mundo e as relações das pessoas não vão mais ser os mesmos da pré-pandemia. Esse tempo ficou para trás, porém registro obrigatório para os livros de história da humanidade.
Assim como outros imunizantes contra outros tipos de enfermidades que estamos acostumados a tomar, a da Covid se insere nesse contexto e vai nos acompanhar por toda a vida.
Também é preciso colocar um ponto final na histeria de alguns segmentos, como a imprensa, ou melhor, a grande imprensa, quando o assunto é Covid. Hora de dar sossego ao cidadão e deixar o noticiário espetaculoso de lado. A questão do uso de máscara é um bom exemplo de que estamos em outro momento e que as pessoas é que devem decidir se continuam a fazer uso delas. As imposições foram necessárias em determinado momento, quando nada ou muito pouco se sabia sobre a doença.
Agora é seguir em frente, tocar o barco, recuperar o tempo (se isso for possível) e tratar a Covid como qualquer outra doença que o brasileiro já enfrenta no seu dia a dia e que nunca foram colocadas à luz dos holofotes. Contar os mortos, os casos, a quantidade de vacinados, fez parte do processo e deve ser tratado como rotina, pois as ênfases na divulgação ultrapassam o limite do tolerável.
Chorar as perdas é uma etapa dolorosa de tudo aquilo que se originou da doença, mas a dinâmica da vida exige continuidade e a busca por novos tempos. Sem o terrorismo e a histeria próprios de alguns meios de comunicação.
Plim plim, saúde!