O Bragantino fez uma excelente partida diante do Palmeiras. Teve maior posse de bola, uma segunda etapa bem superior mas, ao final dos 90 minutos, foi eliminado do Paulistão.
O mérito do adversário foi explorar a ala esquerda do Massa Bruta, fraquíssima, e que a bem da verdade permitiu não só a marcação de dois gols, como teria sofrido mais 3 ou 4 não fosse a fragilidade de Roni como centroavante.
No primeiro tempo o Bragantino começou assustando, porém o técnico Abel Ferreira viu o que Barbieri levou 85 minutos para perceber: Luan Cândido e Léo Realpe não tinham condições de conter os avanços do alviverde por aquele setor e o que se viu foi um massacre de Dudu em cima dos dois defensores. Todas as oportunidades e os gols marcados nasceram pela direita do ataque do Verdão.
Léo Ortiz, sozinho, não dava conta de cobrir os companheiros e buscar meios para sair jogando e criar jogadas ofensivas. Quando Barbieri adiantou Luan Cândido como atacante, que era o setor onde se dava melhor, já era tarde.
O placar foi aberto logo a 1’, em cobrança de falta que Scarpa jogou para o interior da área, Gustavo Gómez ajeitou de cabeça e seu companheiro de zaga, Murilo, concluiu com uma cabeçada. Em lance quase semelhante, aos 18 minutos, o Braga chegou ao empate: Helinho levantou da direita para a área, Léo Ortiz ajeitou de cabeça e da mesma forma Léo Realpe mandou às redes. E aos 39’ uma pintura de jogada do Palmeiras: Dudu pela direita tocou por cima de Luan Cândido, servindo a Raphael Veiga que, sem marcação, invadiu e cruzou para Roni desempatar. Nem Léo Realpe e nem Jadsom Silva marcaram Veiga.
Etapa final – O Bragantino foi mais intenso no segundo tempo, teve boas chances de chegar ao empate, principalmente com Hyoran, mas também se expôs aos contra-ataques, e num deles quase que Roni amplia. O Massa Bruta insistiu em atacar e numa cobrança de falta de Luan Cândido, obrigou Lomba a uma grande defesa, quase chegando à igualdade no marcador. Já cansado, o time de Barbieri diminuiu o ritmo e na base do contra-ataque o Palmeiras quase chega ao terceiro gol, com Wesley, no último minuto, mas a bola se chocou contra a trave.
O resultado justo teria sido o empate, porém a performance durante toda a competição mostrou aquilo que o técnico Barbieri não quis ver ou não tinha como mudar: defesa fraca. Foram 15 gols em 14 jogos.
O que fez a diferença na partida foi a qualidade dos jogadores palmeirenses.
Ao apito final do árbitro, mais uma vez o Bragantino ficou devendo aos seus torcedores. Campanhas ótimas na fase inicial e eliminação logo a seguir.
ATUAÇÕES
Cleiton: Duas boas defesas e nada poderia ter feito nos gols do Palmeiras. Nota 6,0.
Aderlan: Não teve muito trabalho defensivo pelo seu setor e tentou ajudar ofensivamente. Nota 6,0.
Léo Ortiz: O sacrificado da noite, sem entender como faria para evitar a avalanche ofensiva do Palmeiras diante de uma ala esquerda ruim. Nota 6,5.
Léo Realpe: Oportunista na marcação do gol, mas muito falho na cobertura a Luan Cândido. Ainda trocou de posição com Ortiz, mas não resolveu. Nota 6,0.
Luan Cândido: Tomou o chamado ‘baile’ de Dudu, bastante falho na marcação e um pouco melhor quando atuou ofensivamente. Nota 5,0.
Jadsom Silva: Não criou e não defendeu. No segundo gol, quando deveria estar na marcação de Veiga, estava em todo o Allianz Parque, menos no combate ao adversário. Nota 4,5.
Eric Ramires: Vai bem na criação de jogadas, mas não ajuda em nada quando o time não tem a posse de bola. Nota 5,5.
Hyoran: Melhorou em relação aos dois jogos anteriores e quase marca o seu. Nota 6,5.
Helinho: Alternou bons e maus momentos. Levou perigo em algumas oportunidades até ser substituído. Nota 6,0.
Ytalo: Se está em má fase, precisa ir para o banco. Se há outro problema, tem que ser detectado. Fato é que está muito longe do goleador de outras vezes. Nota 5,0.
Bruno Tubarão: Alternou algumas boas jogadas e outras nem tanto. Não foi eficiente na ajuda a Luan Cândido. Nota 5,5.
Substitutos: Sorriso, Carlos Eduardo, Lucas Evangelista, Praxedes e Guilherme nada acrescentaram ao time. Sem nota.
Barbieri: Não conseguiu enxergar que o Palmeiras ia decidir a partida pelo setor esquerdo defensivo do time. Ou não tinha alternativa no banco. Ou as duas coisas. Nota 5,0.
PALMEIRAS 2 x 1 BRAGANTINO
Campeonato Paulista Série A1 – Semifinal
Local: Allianz Parque – São Paulo
Data: 26 de março de 2022 (sábado, 18h30)
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira – Assistentes: Luiz Alberto Andrini Nogueira e Evandro de Melo Lima – Árbitro de vídeo: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral
Público: 37.618 pagantes – Renda: R$ 2.209.638,14
Cartão amarelo: Murilo e Zé Rafael (Palmeiras) e Aderlan, Léo Realpe, Jadsom Silva e Helinho (Bragantino)
Gols: Murilo a 1’ e Roni aos 39’ (Palmeiras) e Léo Realpe aos 18’ (Bragantino)
PALMEIRAS: Marcelo Lomba; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; Jaílson, Zé Rafael e Raphael Veiga (Atuesta); Dudu, Rony e Gustavo Scarpa. Técnico: Abel Ferreira.
BRAGANTINO: Cleiton; Aderlan, Léo Realpe (Lucas Evangelista), Léo Ortiz e Luan Cândido; Jadsom Silva (Praxedes), Eric Ramires e Hyoran; Helinho (Guilherme), Ytalo (Sorriso) e Bruno Tubarão (Carlos Eduardo). Técnico: Maurício Barbieri.