A Farmina Pet Foods, fabricante de pet food de origem italiana presente em 70 países e especializada em soluções nutricionais para cães e gatos, anuncia a abertura do seu primeiro Centro de Distribuição (CD) na América Latina, com aporte próprio de R$ 45 milhões. O complexo situado em Bragança Paulista (SP) entra em funcionamento no dia 16 de setembro e marca um novo ciclo de expansão da companhia, tendo o Brasil como uma das prioridades. 
O CD ocupa 10,5 mil m² e está localizado em frente à unidade fabril da empresa. Os investimentos contemplam infraestrutura e tecnologias. O terreno foi doado pela prefeitura do município como parte do Programa de Incentivo ao Desenvolvimento Econômico (Pró-Indústria e Pró- Emprego).
Com respaldo dessa operação, a Farmina que hoje possui faturamento em torno de R$ 400 milhões, projeta duplicar a capacidade produtiva em território nacional.
“Esse investimento possibilitará maior agilidade logística e capacidade de carregamento, mais espaço para armazenamento de produtos fabricados no Brasil, assim como a linha importada de úmidos”, Angelo Russo, CEO Global.
O novo CD está interligado à fábrica por uma passagem subterrânea com elevação de 16 metros de altura. No local serão estocados embalagens, produtos secos produzidos e embalados na fábrica anexa e a linha importada de alimentos úmidos.
Com a nova infraestrutura física, os alimentos produzidos na unidade de Bragança Paulista serão embalados de acordo com o lote de cada pedido. Posteriormente, seguirão pelo túnel subterrâneo até o armazém de onde serão realizados os carregamentos dos caminhões.
Brasil ganhará peso como polo exportador
A fabricante também mira ampliar sua presença no Exterior. O Brasil está posicionado como hub de negócios do grupo na América Latina e base de exportação para 14 países da América Central e do Sul. Esses mercados já respondem por 30% do volume de vendas. Os demais 70% abastecem em torno de 10 mil pet shops e clínicas veterinárias.
A planta brasileira é uma das quatro mantidas pela Farmina em âmbito global. Além da matriz na cidade de Nola, na Itália, a companhia tem fábricas nos Estados Unidos – esta foi inaugurada há três meses – e na Sérvia.
Segundo o executivo, um dos alvos definidos para ampliar a exportação é a Argentina, onde o segmento super premium carro-chefe da Farmina, representa 30% do consumo de alimentos para pets. No Brasil, esse percentual é de 8%.
“Estamos de olho nos mercados da América do Sul que têm apresentado movimento de maior abertura ao comércio internacional. A Argentina é o segundo maior mercado pet da América do Sul e a Farmina não pode ficar de fora”, revela Hara. Na região, a Farmina tem Colômbia, Chile e Uruguai, em respectiva ordem de importância, como os principais mercados exportadores.
No total, atualmente são 46 distribuidores parceiros que garantem o escoamento ao mercado nacional e das exportações. Do mesmo local também será feito o despacho dos pedidos da venda direta às grandes varejistas de produtos pet. “A conquista do CD representa um dos nossos maiores investimentos após nossa instalação no Brasil. Chegamos no país por Curitiba (PR), em 2002, atuando por meio de importação. Em 2004 iniciamos a produção local com terceirização e em 2009 começamos a operar uma planta própria”, relembra Angelo Russo.
Vendas e portfólio – O portfólio da Farmina tem sido concebido com foco na alimentação saudável para cães e gatos e, sobretudo, diferenciado a fabricante como uma empresa que vende soluções nutricionais customizadas para necessidades específicas de cada pet. A família de produtos N&D é composta por nove linhas, com alimentos completos de manutenção, funcionais e especialidades.
Já a linha VetLife é exclusiva para atender as necessidades de nutrição clínica, contempla as adversidades da saúde animal, em especial as causadas por doenças crônicas, e têm o médico veterinário como principal referência para os tutores. São 25 variedades que visam a qualidade de vida do pet e que garantem à Farmina presença em 25% das clínicas e pet shops brasileiros.
“Fomos pioneiros no Brasil na produção de alimentação natural para animais de companhia – cães e gatos – e temos compromisso de buscar por meio de alimentos de alta qualidade mais saúde e longevidade aos pets.”, afirma Hara.
Sobre a Farmina – Criada na Itália, em 1965, por Francesco Russo, a Farmina nasceu como Russo Mangimi e focada em zootecnia. Já na segunda geração, pelas mãos de Angelo Russo, em 1999 a empresa voltou-se para o segmento pet food ao perceber o avanço da população de cães e gatos como companhia doméstica. Hoje, a empresa está em mais de 70 países e mantém plantas na Itália, Estados Unidos, Sérvia e no Brasil – mercado onde atua desde 2002.